Ela escreveu, no final do texto: "beijos sextafeirísticos". Fiquei pensando o que significa. Não sei bem se pra ela ou pra mim. Escolhi colher os melhores beijos que a sexta-feira pudesse me dar. Beijos como os que dei, beijos molhados, beijos apaixonados, beijos agressivamente sutis e enamorados. Beijos alucinados, beijo de amantes, beijos roubados. Beijos que batem as costas no batente da porta, beijos que passam pra outro estágio do onde, perco-me beijos a me esfolar sem sentido, destituído de forma, dor, compaixão. É o beijo o distúrbio do não? Beijo sem ei, sem be e sem jo, beijo logo no início, do amor. O beijo que aproveito, o beijo que me faz desfeito, o beijo de língua, de jeito, mão, nunca, curva das costas, penugem do lombo. O beijo é um tombo. O beijo que me faz morder, o beijo que me faz entender, o beijo que aprecio, um bom beijo no cio. O beijo vinho, espumante, cerveja, o beijo de ser, de quem viceja. O beijo que é janela pra alma....