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“E o albino Hermeto não enxerga mesmo muito bem”

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Paul Gauguin, Cole Porter, Claude Levy-strauss e Caetano Veloso talvez estejam certos. É preciso um texto sobre a Baía de Guanabara. Revolto-me. Expurgo o lixo, expurgo o luxo, e decido a mar, em francês. O gênero feminino é muito mais próprio para o leite materno, as águas da mãe terra. O mar nada diz para mim. A mar, sim. A Baía de Guanabara, o seio do mar dá de mamar a poetas e cantadores e só. O lixo e o luxo roubaram suas pérolas. Eu não. A vejo, a concho, ostro-a em meus pensamentos poéticos de romântico incorrigível. Basta dizer que minha irmã mora em Botafogo. Nome próprio de um bairro habitado por minha ígnea irmã. A amo em suas decisões. Há mar em cada uma delas. Gabriela, nome de quem sobe em telhados poéticos, é mesmo um tsunami que habita o Rio de Janeiro. Queria que ela pudesse andar suas ondas a pé nas noites quentes cariocas, mais do que pode ou consegue, queria que o Rio fosse só mesmo uma calçada portuguesa no imaginário das ondas que vem e vão como a garota de Viní

Para Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque

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do facebook de Roberto Guido compartilhado por Patrícia Tavares Instituo verbo novo: Qurer.  Proponho desafio a Caetano, Gil e Chico. Que cada um faça uma música com o novo verbo Qurer. Ou, uma música dos três, tanto faz. Tanto faz. Proponho esse verbo n'ovo, verbo de resistência, que desconstrói a pura crença edificando-a na vontade. Que tira o verbo ser, conjugado no presente, da palavra querer.  Verbo de transcendência, que dá desse modo ao querer, o benefício do inefável, da dinâmica do andar com fé, que a fé, como já nos disse Gil, não costuma faiá. Juntei na bacia da minh'alma o crer e o querer. Pra dizer que eu acredito. Pra dizer que além de acreditar, eu quero. Pra dizer que além de querer, tenho fé. Não me venha com essa história que rir é o melhor remédio. Porque não posso ficar alheio ao que leio como crítica à contemporaneidade da alienação (a foto do Gil tocando violão no mesmo sofá de uma moça que ostenta um novo caro fone de ouvido), n

Di cadê leitura?

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Vou contar um caso. O exemplar exemplar de Grande Sertão: Veredas, edição de aniversário, ficou em cima do meu Baú de Sonhos Realizáveis na sala da minha casa por quase dois anos. Sim. Tenho um baú de sonhos realizáveis. E um molho de chaves, na mesma sala. Nele, não conte a ninguém, tem a chave desse baú. E a chave do Universo. E mais duas outras chaves. Uma abre meu cofre vazio. Nessa sala, uma estante de livros, um oratório que fiz solzinho, flores. Nessala exala meu gosto pelo simplesmentemeu. E de quem quiser chegar, mas com respeito. Nessala, entre chaves mágicas, ora tô rio, oratório, leio. Mar. E me em canto com os livros. De filosofia a gastronominha. Nossos sabores e os sabores do mundo que não cabem nessala. Um dia, depois de tanto passar do lado desse livro mistério, abri o Grande Sertão: Veredas pra nunca mais fechar. É um livro tão mágico, que ele só abre. Abre tanto, que quando a capa encosta na contra capa, forma um círculo de páginas infinitas. E causos