Metonímia
Rubem Alves é um pai. Tipo. Ou um avô. Adoro ler seus livros. Adoro seu jeito de falar sempre a mesma coisa, de maneira diferente. Um Alfredo Volpi das palavras. Suas palavras são bandeirinhas coloridas na minha mente. Não, não mente. Fala a verdade. Flamulam. Um Amílcar de Castro que me desgeometriza geometrizando. Se é que isso é possível. Já li uns 6 livros dele. Gostava de citá-lo em sala de aula. Meus alunos se lembram disso (espero). Ganhei de presente de um sonho de amiga um livro dele de aniversário. Aliás, ganhei 2. Já li os dois. Acho que são 8, agora, os livros que li dele. Hoje cedo, me lembrei dele no café da manhã. Diz o Rubem Alves que o peso de papel da escrivaninha dele faz lembrar seu pai. Era o peso de papel do pai dele, claro. Como diz ele, não podia ser metáfora, que o peso não se parece com o pai. É metonímia. Me lembrei dessa passagem do seu livro "Ostra feliz não faz pérola" quando peguei duas fatias de queijo minas e coloquei mel. Dos 11