Mesmo
Meus escritos não são belos como a Gabriela, inteligentes como a Serpa, mágicos como as histórias da Guiomar, fortes como a minha irmã. Não são amantes da vida como o Mastrocola, sensíveis como a Raquel, indignados como a Rachel, exemplos como o Wernek. Nem de longe coloridos como a minha mãe, audazes como o meu pai, profundos como a Izabelle, ricos como o Eike. Não são pops como o Michael, jazzísticos como o Nelson ou brasileiros como o Adelson. Meus escritos não são páreo para o humor da Laura, não são filosóficos como Rubem, não são densos como Zezito. Ou rápidos como a Menina Vento, ou céticos como a Yara, ou frágeis como as flores do meu bonsai... Meus escritos não conseguem captar o hiato das viagens criativas de Beatriz, minha filha de um ano e sete meses. Meus escritos não são nada se não o amor perdido. Escrevo para encontrá-lo. Escrevo como quem corre uma meia maratona para ganhar a oportunidade de um namoro. Escrevo para ser evo, o eterno, ...