dó-ré-mi-fada
Dorme fada,
sonha fado.
Traduz, mágica varinha: fé e exaltação.
Encanta em seu cantinho, entoa em seu mundinho o drama inevitável.
– Perdão.
É sabida do amor. Saborosa, flor.
Fomos pegos!, somos cegos...
Seu gosto perfume inebria e envolve. Brincante, dormita e desperta.
Fadices.
Olho com olhos melados de paterna idade.
É o amor que escorre em minhas bochechas.
É o amor que escolhe as minhas queixas.
Quentumes.
Vejo os vaga-lumes que chegam com a nossa noite. Revoam em volta da fada.
Povoam minha morada, acendem meu lugar no mundo.
Sou fundo.
E de lá de dentro, grito seu nome, do escuro de mim.
Ecoam sentimentos, súplicas.
Bailam em espiral com os vaga-lumes encantados.
Você: sonho.
Você: banho.
Você, sempre, eu no colo da eternidade.
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