Há espera em toda paterninade. Há saudades indizíveis. Paradoxais sentimentos, urdidos ou ardidos pela nossa imaterna circunstância, estapafúrdia. Vivo me remendando, a duras penas. Crítico cruel de mim mesmo, não dou tréguas para minha inaptidão. Quero ser cada vez mais sensível, terno, cuidadoso, carinhoso, precisando demonstrar que o ser paterno marca a cisão, alude o mundo e seus perigos, incita ao voo para fora do ninho. Minto. Quero-as aninhadas, comigo, aprendendo a cozer a rotina no cotidiano sem graça da vida comum. Com duas, com minhas três. Firo-me na falta. Hoje, deitado do lado, vendo a mais nova ouvir estória antes de dormir, luo-me. Os japoneses tem uma coisa bonitinha demais: colocam "chan" (lê-se [tchan]) depois do nome, ao citar a criança, para demonstrar que estamos nos referindo à filha pequenina. Maria-chan. Maria-chan sentadinha no travesseiro de perninhas abertas, para que a mãe pousasse a cabeça no mesmo travesseiro, um quase colo deitada na cama, co...
Comentários
tornei-me seu fa.
aplicarei o "sou grato" a minha vida. e à voce, sou grato.
A noite de ontem foi uma noite abençoada, realmente. Sou fã de todos vocês. Fico feliz pelas palavras carinhosas que me fizeram feliz nesta noite, quando estava muito muito triste.
As coisas vão fazendo sentido aos poucos, meu amigo. E os mistérios são forças motrizes de quem acredita, de quem sabe... você sabe do que estou falando. Um grande bê ijo desse amigo. Volte sempre!