Crises
Boteco com a Cris. Fui cavalheirescamente pegá-la em casa.
Cris descendo a escada do prédio, na parte externa da habitação e, de dentro da janela do primeiro andar, se ouvia:
- Tcha-au!
E a Cris, também falantando:
-Te-a-mo!
E ele:
-Te-a-mo!
Ela:
-Tcha-au!
Ele:
- Te-a-mo!
Uma coisa! Daí, me pareceu que a blogueira não foi tão feliz no "hoje vou assim" (http://hojevouassim.blogspot.com/), justamente quando foi sair com seu amigo aqui. Eu disse a ela:
-Pô, Cris, tem certeza? Não vai sentir frio?
E ela:
- Hum... ah, deixa pra lá, ele vai ficar mais excitado se eu voltar pra pegar uma blusa de frio...
Putz!, pensei: Mãe. E ponto.
Já hoje cedo, outra Cris me conta:
- Vovô, neném patel! Neném patel, vovô... ("pastel", ele queria dizer)
Uma coisa! Imagino que tão deliciosa quanto a cena que presenciei.
Uma, Cris. A outra, Cris. Duas Crises, duas mães. Apaixonadamente de olhos brilhando por seus picurruchos rebentos. E o mais doido: pergunta minha mãe sobre mim (36) ou sobre minha irmã (31). Aposto um rim, que os olhinhos vão brilhar feito outra crisenta, amorosa, orgulhosa...
Como amor de mãe não há. Com amor de mãe, ninguém pode.
Ternamente. Eternamente.
foto em:
http://fotocache02.stormap.sapo.pt/fotostore02/fotos//20/bc/50/18439_0006dkpc.jpg
Comentários
E não muda nada viu, ser mãe é bom de mais!
Mesmo com todos os contratempos.
Gosto muito do seu jeito de escrever, mas eu acho que já falei isto.
Abrs.
você jamais poderá alcançar o quanto este texto me soou como um presente! Hoje você desembaçou um pouquinho da minha janela; e lhe sou muita grata, de coração.
Muitos beijos
Obrigado pelos comentários ternos.
Lindo o texto. Posso imaginar o Cisco na janela...
Eu infelizmente não conheço a Cris pessoalmente.
Mas a imagino exatamente como o texto. Você parece ter captado bem a essencia dela.
Beeijos
Rogerio Velloso/