Fragmento de um bate papo
Penso muito.
Mais do que deveria?
Conversando ontem com uma amiga, algumas questões de ordem filosófica vieram à tona. Uma delas foi referente à liberdade. Ela me disse que queria a todo custo TER a liberdade que sempre sonhou. Tanto a liberdade quando a alegria.
Ter?
Liberdade, assim como a Alegria, são conceitos abstratos de apreensão impossíveis. São como passarinhos que pousam em nosso jardim.
Eles comem na cumbuquinha que colocamos lá, pra eles, mas não podem ser presos. Não há gaiolas de prender liberdade e nem alegria. Isso contraria sua gênese, sua morfologia, seu espírito... Não há como prendê-los. É como o amor. Custei a descobrir isso. Por tentar prendê-lo, ele se foi... e pode ser que não volte mais. Descobri que temos que manter sempre uma vasilhinha cheia de água, alpiste, frutas, cuidar das plantas, proteger os ninhos.
Aí, quando voltarem, quem sabe resolvem chocar numa árvore que dá sombra em meu quintal?
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