Encontros ou em trancos
Fonéticamente se parecem.
Mas encontros não pode ser em trancos. Nem em barrancos..., como diz o dito popular.
Há encontros e encontros. Uns não nos dizem nada. Uns incomodam, sacodem, tumultuam. Dizem muito com o tanto de silêncio que rola.
Por que será que precisamos tanto de palavras?
É doido pensar nesse ser de linguagem, da linguagem, que precisa de palavras... Será?
Eu sei o que o silêncio diz. Muitas vezes. Muitas mesmo.
E queria que os outros soubessem também.
Mas tem gente que não aprendeu ainda a ouvir com o coração.
Se ouvissem, saberiam. E entenderiam os encontros com nosso silêncio.
E até, talvez, respondessem à altura, com palavras ou não, falando com o ouvido do peito.
Quero contar um segredo que nunca contei pra ninguém:
meu médico cardiologista não coloca um estetoscópio no meu peito. Ele coloca um microfone.
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