Paris

Do norte do meu coração
A árvore mais seca começa a ventar sozinha
De longe se percebe o bailado
De longe se reconhece o ballet
De perto ninguém é normal
E de dia o sol ainda esfria
Olhei pro Sena de cima da ponte
E o reflexo não me deixava ver o fundo do rio
As águas correm como os metrôs subterrâneos
Artérias ocultas
Sementes que nascem e não perguntam porquê
A vida nos parece gelada
O sol nos parece apagado
Mas tudo continua ali:
O gato, a foto, o parto
O gosto da neve na boca
E o fardo de ter que ser feliz
Comentários
Turismo & viagens