Escolha você mesmo a ordem deste título: para quem vai / ler um poema / dá medo mesmo
Sinto falta de você, ao acordar sinto falta
Tenho medo de sentir, ao lhe dizer sinto falta
Não entendo o que vivi, a intensidade, a confusão, o sorriso
Cabelos na testa, produção de sentidos
Efusão de significados, ebulição de motivos
Vontades que se confundem, amores que se completam
Olhares intensos, profundos, horas a fio de olhares
Gillette que risca o cristalino do olho
Vejo um coração aberto, apertado, sofrido
O medo de amar dominando o aflito
A busca incessante pela memória do cheiro que esconde a profusão de sentidos
Acorda pra vida, vem sofrer, vem amar
Vem aventura de viver e gostar, e gostar, e gostar
Estremeço e não julgo mais
Amanheço e não me iludo mais
Entardeço e não procuro mais
Reconheço e espero os sinais
Viva te tudo, de tudo, tu dedo
Apontado pra árvore que brota na lua...
Comentários
até quem lê poemas tem medo
mas até quem tem medo de ler poemas vai, vai...
com medo, mas vai...