O barulho poético do gancho da rede


Na rede do tempo me balanço.

Nhec... nhec... - memórias que sacodem a poeira cinza do esque-cimento.

Na tela pintada por minha foto, o marido da minha amiga e seu filho brincando de semear lembranças.
O tempo desiste ali, no espaço-tempo da rede.
É outra coisa, é outra dimensão, pintura na caverna de Platão.
O vento balança o berço da paternal afin-idade, enquanto entorna o caldo da filial expectativa.

Lembro meu álbum, flashes silenciosos.

No limite da experiência, o real espreita para o bote: cerca, observa e aguarda.

A qualquer momento, ele ataca.

...E a vida segue seu rumo uno...

Comentários

Brincar de semear lembranças é muuuuuuito bom, né? Só de pensar os olhos enchem d'água. Lindo texto. Bjo.
Ana disse…
O tempo desiste ali, e passa a existir sempre nas lembranças semeadas.
Lindo esse texto! De uma delicadeza que combina com o dia 25 de fevereiro!
Unknown disse…
Tem gente que tem mais sorte que outras nessa vida....
Digo duas vezes se preciso,
conviver com gente leve como você traz sabor à alma .....

Vix
(gastei agora hein?)

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