há uma pressão na alma, falta de ar que suspiro, há fatos há flanelas sujas, decanto, desencanto e sei sobreolhar há um risco infinito na mente, que faz meu vinil da cabeça voltar há passeios pessoas, pessoas passeios, há regresso, há anseios há de haver, há de ser, a de ser, há descer há o verbo encontrar no lamento, do tormento, no meu caminhar há balão azul, ah, balão de oxigênio, não me deixa sem ar! há pro infinitivo, há subjuntivo, e imperfeito, cega o olhar ontem, vi a mar, e nela não há hoje, vi a mar, e nela, turbilhão de desejos de arrebentação sem buscar praia afogam-se os pensamentos, esperança como bolha no fundo do oceano: ninguém sabe ao certo se chega à superfície ninguém sobe ao certo, se chega à superfície... sou São Francisco dos peixes que vivo, molhado, não sei se bebo a água que serve de caminho para os que me cercam.