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noitô

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Flávia já havia me advertido. Preciso aprender e apreender dizer não. Quantos rumos, tantos caminhos. Vivo sonhos impossíveis cheio das verdades que só existem aqui dentro. E sofro. Resolvo resolver. E sofro. Quando a escolha antecipa o sujeito e anula o eu, não há escolha, há saída. Caminhos revoltos, folhas que caem quando passo em câmera lenta. As árvores balançam, mas não sinto o vento. Estou ali longe, noutro lugar distante de mim, do eu, do ser, do estar, do permanecer, do ficar. Caixinha de fósforo com um besouro dentro. Mariposa na lâmpada que escuta o rádio valvulado. Luz amarela. Cheiro de café. E destôo de mim na noite que não cessa, não atravessa, não tarda, não falha. imagem em:http://media.photobucket.com/image/barulhos%20noturnos/joaobbbb/Belem/S2020057.jpg

Se

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Se onipotento oniconsigo? re-velando, tudo, multiplurestandoencantado. imagem em:http://www.guiapetecia.com.br/admin/novo/Racas/Guia-Pet-bbecf4fb24

ssssilêncio...

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No mundo da palavra, no mundo imagético em que vivemos, o over tá presente. É tudo demais, é tudo muito, é tudo tanto. O capitalismo incita, a gente aceita. E quando quem dá as regras são os norte-americanos (pelo visto, por enquanto...), aí o negócio engrossa. É como aquele programa que eu acho ridículo: extreme makeover , reconstrução total. Tá, é legal fazer casa pra quem tá precisando. Mas eles tem que fazer A melhor, A maior, A mais bonita, A isso, A aquilo. Eles deviam mandar fazer um monte de "As" pra pregar nas testas deles... - porque não tô querendo ser radical hoje, eu teria dito algo bem mais grosso. O que conta é o conto de fadas ao extremo, hiperrealista, não a finalidade usada como desculpa. Se não, podiam fazer um programa aqui no Brasil, no nordeste, na Somália, sei lá onde... Mas o bom é ficar um monte de retardado que quer aparecer na televisão gritando desvairadamente enquanto os mais mais se exaltam e curtem o gozo. Aliás, eu não tenho nada que ver com i

Máquina do Tempo

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Quem disse que não há? O Minas Tênis Clube tem o cheiro do meu avô. Entro pela portaria de baixo e, toda vez, tenho a impressão que vou encontrar uma piscininha de criança do meu lado esquerdo. Agora a piscina de criança e os brinquedos ficam do lado direito. Mas a construção onde fica o imponente Relógio do Minas - tem que ser com letra maiúscula - permanece. E me transporta ao princípio da década de 80, quando minha mãe parava o carro na frente da portaria da rua da Bahia e pedia: - Meu filho, vai lá buscar o vovô. Foram poucas vezes. Mas era interessante entrar no restaurante, chegar até aquela mesa cheia de velhos (na minha cabeça, à época) e chamá-lo, sem nunca deixar de ser apresentado por ele aos seus colegas de copo, sócios também remidos, senhores de outra época, cavalheiros como os que existiam na época em que o cavalheirismo era coisa de homem com agá. - Ô, bacanão! - dizia meu avô toda vez que encontrava um neto. Eu tinha medo dele. Na vedade, tinha também ciúmes. Eu era u

à poetisa preguiçosa

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à poetisa preguiçosa Se se põe a ser poema, sol poente, amanhã. Que hoje descubra a trema do universo, anciã. Mesmo modelos melífluos tem sua pungente pulsão. Só se ultrapassa o venífluo se for suspensa a razão. Por isso, finque a bandeira, do status, apodere; nem que o espelho queira lhe mostrar o que lhe fere... Em compassada passada rumo ao saber sem limite, tomada sua estrada, não titubeie, grite !

Caleidoscópio

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Ganhei um caleidoscópio. Quem me deu não sabe o que significa. Somos imagens. Cacos coloridos que, juntos, reconfiguram o ser. O não ser. Desenham o estar. Dependemos da luz que incide em nós, que atravessam nossas falhas, que fazem entoar nossas cores tantas, que refletem o brilho intenso-intrínseco que trazemos. Mas ainda assim, somos cacos. Também dependemos do outro, que nos viram de ponta-cabeça, nos moldam, nos comandam, nos sacodem, nos atrapalham, nos ordenam. Quantas vezes somos orientados por eles? O princípio da alteridade nos faz vítimas dos desejos alheios, muitas vezes. E o olhar... É no olhar do outro que nos tornamos, independentes de sermos. Ser e tornar. A questão do movimento novamente presente. Movimente o olhar sobre o outro. Movifalaverdade e diga o que acha dele. O outro também é só cacos. Mas no jogo impossível do querer, caleidoscópiosesseguram, se rodam-rodeiam, se sacodem, se colocam ao sol, na luz brilhante do desejo e se misturam catando cacos, contando so

De teste?

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Tenho acordado volta e meia às 5 da manhã.  Tá variando. Essa semana mesmo acordei 4:20h. Fico puto com essa minha falta de controle. Tenho estado tenso, ansioso, em busca, demais... Em busca de mais. Talvez por isso tenha me tomado de assalto essa idéia de fazer o Caminho de Santiago com meu amigo de colégio. Sabe quando deitamos na cama e o sono é superficial? Parece que não dormimos profundamente? Eu acordo a cada 15 minutos, parece. Como se alguém fosse entrar no quarto, como se alguém fosse me chamar, como se eu tivesse esquecendo alguma coisa. Credo. Acho que isso é saudade de dormir de conchinha . Detesto abrir a geladeira só pra ver o que tem lá dentro (mesmo sabendo que tudo que está lá dentro fui eu quem colocou...). Detesto essa mania de não saber esperar. Detesto deixar os outros esperando porque detesto esperar. Detesto injustiça.  Detesto o fato de detestar alguma coisa. Acho que tenho que estudar esta palavra: " detestar ". "De testar"... hum... pista