O banquete da Nana
Tiradentes, jantar do dia 11 para o dia 12 de julho deste mesmíssimo ano. Foi como encontrar com vovó Lygia. O aniversário da minha tia foi um retrato que se pega de surpresa na gaveta, e revela, inesperadamente, a constatação de se ter vivido intensamente... Naninha é assim. Sempre sorrisos, sempre atenta, sempre Sempre . Ela, como poucos, sabe o que é viver. O que é sobreviver. Sabe sobre viver. E sobre: vive assim, a nos ensinar, procurando no gesto, na palavra, o texto único que a faz uma professora das antigas, alguém disposta à troca. Delicadezas nem sempre percebidas: um recorte de anúncios de jornal pra comentar comigo, a curtição de uma tarde de convívio com as irmãs, uma indignação com as coisas pequenas das pessoas com hábitos pequenos. Naninha sacode a gente. Brava, dócil, tem o sorriso no olhar. E tem o jeito de olhar no próprio sorriso... Doida com o neto mais velho da minha avó, terna com seu neto mais novo. Ontem, quando sua neta mais velha a abraçou em uma hora qualque