noitô
Flávia já havia me advertido. Preciso aprender e apreender dizer não. Quantos rumos, tantos caminhos. Vivo sonhos impossíveis cheio das verdades que só existem aqui dentro. E sofro. Resolvo resolver. E sofro. Quando a escolha antecipa o sujeito e anula o eu, não há escolha, há saída. Caminhos revoltos, folhas que caem quando passo em câmera lenta. As árvores balançam, mas não sinto o vento. Estou ali longe, noutro lugar distante de mim, do eu, do ser, do estar, do permanecer, do ficar. Caixinha de fósforo com um besouro dentro. Mariposa na lâmpada que escuta o rádio valvulado. Luz amarela. Cheiro de café. E destôo de mim na noite que não cessa, não atravessa, não tarda, não falha. imagem em:http://media.photobucket.com/image/barulhos%20noturnos/joaobbbb/Belem/S2020057.jpg