Olhos atentos
Seus cílios estão crescendo.
Ganha forma o meu a-mar. Mecha loira, mexe comigo.
Sem coordenação motora, sem vício, sem sentido, explora o mundo com o olhar atento e à toa. Por um triz, fui feliz. Bochechas, contrações que me fazem sorrir, o mesmo segundo dedo do pé que insiste em encavalar no dedão. Coisas e coisas.
Como diria meu bom e velho amigo que decidiu partir pra sempre:
peixe-peixe.
A língua que estala no céu da boca. O olho que aperta quando ri. A cabeça virada pra dormir.
Amanhece o mundo quando acorda, principia, dá licença que a hora é de fim de mundo e de noite, apenas. O beicinho estimulado faz plec plec plec. Só quem sabe que sabe.
Quero a não palavra. Quero continuar a lhe ouvir silêncio, enquanto escuto só meu coração que anuncia chegada, princípio, desejo, amor, sublime e terno. Seu jeito de não se comunicar resolve todas as minhas aflições. Nunca a não palavra foi tão compreendida por mim, substancialmente. Materialmente. Sutilmente.
Água, olhos arregalados, pés juntos, coração calado. Escuta: só o tum tum faz sentido agora.
Ganha forma o meu a-mar. Mecha loira, mexe comigo.
Sem coordenação motora, sem vício, sem sentido, explora o mundo com o olhar atento e à toa. Por um triz, fui feliz. Bochechas, contrações que me fazem sorrir, o mesmo segundo dedo do pé que insiste em encavalar no dedão. Coisas e coisas.
Como diria meu bom e velho amigo que decidiu partir pra sempre:
peixe-peixe.
A língua que estala no céu da boca. O olho que aperta quando ri. A cabeça virada pra dormir.
Amanhece o mundo quando acorda, principia, dá licença que a hora é de fim de mundo e de noite, apenas. O beicinho estimulado faz plec plec plec. Só quem sabe que sabe.
Quero a não palavra. Quero continuar a lhe ouvir silêncio, enquanto escuto só meu coração que anuncia chegada, princípio, desejo, amor, sublime e terno. Seu jeito de não se comunicar resolve todas as minhas aflições. Nunca a não palavra foi tão compreendida por mim, substancialmente. Materialmente. Sutilmente.
Água, olhos arregalados, pés juntos, coração calado. Escuta: só o tum tum faz sentido agora.
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