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A volta dos que não foram

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Poeira em alto mar. É que partimos sem perceber. E, de repente, nos perdemos. Parece que fica o gosto da saudade. De nós mesmos. Desencantados?, perdidos?, não sabemos onde estamos... Escancarados, de portas e janelas abertas para o mundo, que entra todo, parece que sem pedir licença. Duvidamos de nós mesmos. Sou eu mesmo na carteira de identidade? O mundo gira, e com ele, a gente. O Tempo faz fila. E quando acordamos, estamos lá, onde quer que seja, levados por Ele. Na comédia romântica O Casamento Grego, o irmão da noiva diz a frase que nos faz calar: “não deixe que seu passado decida quem você é, mas deixe-o fazer parte da pessoa que você será”. É que há sempre escolha. É que há um Haikai meu, do livro V ENTE: Haikai do Livre Arbítrio. “Quem planta, escolhe”. Acho que é bem isso mesmo. Sempre é possível escolher entre subir ou não no trem que parte. Quantas vezes não sabemos seu destino final? Acontece que há muitas estações. Nelas, possibilidade de baldeação. Quem acha que “v

Gente em volta

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   foto: abril de 2010 O momento da solidão. Quem disse que é preciso de gente à sua volta o tempo todo? – instiga em tom de desafio. Em mundo pautado por Facebook, solidão tem outra dimensão, cara amiga. Eis o que penso. Cabe um exercício... Me faz lembrar que há tempos, uma outra amiga, à época com seus 45 anos, filhos de 23 e 21 anos, teve o susto de ser surpreendida com um “pedido” de separação. O ano havia sido difícil e resultou num natal e reveillon inesperado: uma viagem sozinha para Londres. – Vai ser bom pra eu colocar os pensamentos no lugar, colocar meus valores na balança, repensar minha vida, sabe? Foi ótimo eu ter decidido viajar. Dizia ela. Claro, a conhecendo bem como eu conhecia, estava esperando que completasse o que ainda faltava dizer, mesmo que o discurso estivesse coerente... Na verdade, estava em pânico. Se esta era a fala que tinha treinado pra tranquilizar os amigos próximos, os muito próximos sabiam que ela estava aterrorizada com a ideia de fi