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Pare, olhe, escute

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Encontrei essa foto compartilhada pelo querido amigo meu e das letras e dos sonhos, Fernando Fabbrini. Ela veio a calhar. Na verdade, encaixou como dedo no nariz. Estou farto. E não é de comida. Os Titãs é que estavam certos. A gente não quer só comida. Ouvi a discussão de um casal e isso me deixou intrigado.  Ela: – Porque eu sei que você já teve um relacionamento com A, B e C. Eu pesquisei (no google, claro) e descobri que fulana, beltrana e cicrana blablablá, ticotico, nheconheco.  Aliás, acho que ela falava mais do nheconheco. Ele: – (       ). Fiquei pensando: sou antigo. Eu era do tempo em que essa pesquisa era feita no tête-à-tête, na pergunta e resposta, no olho no olho. A verdade era verificada na palavra. Mas não na palavra escrita na tela do computador por sei-lá-quem. Porque o olho no olho importava mais. Porque o olho no olho tinha mais valor. Talvez você já tenha presenciado a seguinte situação: uma pessoa quer lembrar algum nome em uma mesa d

Sagarana

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Na Revista Sagarana deste mês, você confere uma matéria sobre um ano da minha peregrinação que uniu o Caminho de São Francisco de Assis ao Caminho de Santiago. Saindo do Vaticano, percorri mais de 2.500km rumo a Santiago de Compostela cruzando 3 países por três longos meses.  Agradecimentos a Cezar Félix, editor da Revista Sagarana, Rachel Murta e Élida Murta, revisoras talentosas, aos hospitaleiros Acácio e Orietta e a todos que fizeram parte dessa cruzada. Em breve, notícias sobre o livro que será lançado. Bom Caminho!

É tão lindo

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Reflexo poético da existência, a essência, minha infância, amor esférico em expansão, o coração da minha filha, a saudade da minha avó, meu tempo no mundo, o que tenho a dizer, minha vontade de ser, meu estar, os cílios de Beatriz, o sopro divino, a inspiração, a verdade tangível, o sumo da vida, a paixão recolhida, o desejo do pai, umbigo do universo, o motivo do verso, a explosão, átimo sutil, verso escondido da bíblia, coma musical, viagem astral, sonho, autógrafo do vento, o sentimento humano, a lambida da fera, exemplo divino, toque do sino, amor de menino, o mistério da fé, o tudo, nonada, bolha de sabão. Quando sou sopro, inspiro. Quando ar, voo. Quando Deus, vento. E minha filha a me encantar em arrebatamento.

Dica de Mochila

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foto: Ana Carrapicho Dia 30 de junho, segunda-feira, faz um ano, exatamente, que cheguei a Santiago de Compostela depois de minha peregrinação de mais de 2.500km a pé. É preciso me ditar sobre isso. E é o que farei nos próximos dias, até o dia 01 de julho, dia do meu aniversério. Sério mesmo. Curiosamente, pra quem não está habituado com as coisas relativas ao Caminho, recebi um convite do César Félix, editor da deliciosa Revista Sagarana para fazer um artigo sobre a minha peregrinação. E adivinhe que dia a revista fica pronta e sai para as bancas? Sim, dia 30 de junho... Eu poderia postar alguma foto aqui sobre o Caminho, dizer algo sobre minha peregrinação, sobre a minha odisséia pessoal, mas está sendo redigido no tempo certo, no tempo do passo, letra a letra, até completar os dois mil e quinhentos tantos de palavras, de parágrafos, de capítulos ou do que quer que seja... Porque o Caminho é assim. Decidi, portanto, postar essa foto, tirada neste final de semana, com meus

Eu pensando você

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Me acalmando. Me acalma. Me acalmaria. Me acalmario. Me acalmar. Me acalmo. Clamo calmo acalanto alma. Canto calma cala fala. Silêncio que me escuta. E o mar, muitas vezes.

Setenta anos

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Devo falar sobre escolhas. Escolho falar do pai? Escolho falar do avô? Falar sobre o pai da gente é sempre delicado. Vovô Toi pra minha filha, amigo pra maioria. Pai, pra mim. Posso falar do Seu Nestor, que dá aula de música para os filhos dos caseiros da região de macacos. Posso falar do Nestor Sant’Anna, profissional de comunicação, chefe de cerimonial de mais de um governo, do secretário de ministro, do presidente do Palácio das Artes ou da Rádio Inconfidência, do gerente de relações institucionais da Fiat do Brasil ou do chefe de comunicação da Acesita, da MBR, do profissional que cuida da comunicação da Vallée há mais de 20 anos ou do conselheiro da Secretaria Estadual de Cultura. Posso falar do ex-presidente do Kairoz, entidade filantrópica de São Sebastião das Águas Claras. E posso falar do músico. Do pianista. Do acordeonista. Do que defende o músico mineiro. Do que ama a música acima de tudo, do que deu oportunidade para tanta tanta tanta gente. Pra gent

Para Fred, Neymar Jr, Thiago Silva e a quem mais servir.

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Ontem foi um dia de extrema alegria e de muita tristeza. Saí às ruas cedo. E meu entusiasmo foi pleno. Ver ondas de carros com a bandeira do meu país é algo que me comove, no sentido mais amplo. Crianças com a blusa da seleção, vocês me representam. Porque acho bonito, porque acho maior, porque tenho em meus conceitos alguns paradigmas relacionados à beleza da construção da identidade ligada à polis, ao senso de comunidade, à comunhão social. Assim, quando vejo as pessoas dispostas a torcer e se manifestar por um mesmo tema, seja ele ideal ou não, acho bonito. Acho bacana. Pra mim, é um significante da seguinte ordem: "se podemos torcer juntos, podemos mudar juntos". Sei que, historicamente, é mais fácil nos manifestarmos conjuntamente para a festa do que para a mudança. Do que para a disposição social e política relacionada aos direitos e deveres do cidadão. No entanto, somos jovens. O país é jovem. E se emancipa aos poucos. Acredito mesmo nisso. Acontece que precis