Postagens

Sobre a maravilhosa propriedade farmacológica do picolé de milho verde

Imagem
Ingredientes: Água. Do mar. De todo o oceano. Com seus peixes, arraias, tartarugas marinhas, golfinhos, monstros do mar. Com suas tormentas e sua calmaria. Com um novo dia. Com lua brotando molhada, riscando de luz nossa estrada líquida, nítida, mística, cíclica. Açúcar. Doce do mel das mãos de minha avó. Suas unhas vermelhas que confeitavam o bolo. Olhar de bala puxa-puxa. Maçã espetada no palito esperando do lado do fogão pra caramelada-se-ar. Um pouco de amar. Polpa do seu bumbum durinho de menina, cheirinho de neném de fraldinha, me um-milho verde, cru, pai de primeira viagem. Vi. Agem. Também ajo. Parar e esperar é diferente de não fazer nada. Acho. Ajo. Gordura vegetal, êita que a natureza tá precisando de um regime. Nem sabia que vegetal tava gordinho. Leite em pó das tardes de menino, misturado com Nescau pra jogar seco na boca e fazer confusão, quando via desenho sentado no puf. Pluft, o Fantasminha. Onde tudo começou. Já tinha vocação pra Tio Gerúndio... Xarope de glicos

Wagner Moura, Claudio Manoel e os bonobos

Imagem
Na página 48 da Revista Alfa desse mês, que tem Wagner Moura na capa, uma matéria de Claudio Manoel me chama a atenção ontem, quando li. "Everybody macacada" foi o título escolhido. Ilustrando o artigo, uma foto (melhor do que essa que achei na internet) dos macacos bonobos que, quando correm perigo, sua estratégia de defesa é: ficarem abraçados. Segundo Claudio Manoel, "só dá pra ser bondoso na paz e na fartura. No resto do tempo, bom é ter testosterona e saber lutar." Eis o que defende o colunista, nas poucas palavras a que tem direito no seu espaço de uma página. Entendo o que quer dizer, ou melhor, entendo o porquê de ter dito isso. Mas optei por pensar diferente. E fazer disso bandeira. E de ontem pra hoje, sonhei com minha filha. No sonho, ela ria pra mim, me abraçava, brincávamos juntos, conversávamos. Ela, com um ano e seis meses. Ao final do sonho, minha filha me trazia uma banana... Acordei feliz. Quero crer que Mahatma Gandhi não concord

Haikai da vontade de correr

Imagem
A lua. Ah, lua. Não faz isso comigo.

Vai uma Dica

Imagem
Acho que muito pai, muito filho e muita mãe deveria conhecer os belos textos desse poeta sonhador que, sábio, é sabiá. http://vanderleitimoteo.wordpress.com/2012/08/26/esquinas-e-janelas/

Paula Toller. 50 anos que valem por 1 ano e 6 meses.*

Imagem
(gravação, hoje, na Escola Estadual EMEI Maria Augusta,  quando me sentei com as crianças da idade da minha filha) No Twitter do Estadão, se não me engano, li, há 2 dias: A cantora Paula Toller, acredite, faz 50 anos hoje. É assim. Tem coisa que é ruim mas é bom. A Paula Toller ter feito 50 anos pra ela pode ser ruim, mas com um corpinho de 30, pra ela pode ser bom. Pra mim é, certamente. Acho gata. Gata e gostosa, com todo respeito. Kid Abelha: é ruim mas é bom. Nos anos oitenta então, foi um barato! Bom demais. E as músicas? Tudo ruim. Mas tudo bom. Delícia! Paula cantava mal com força. Desafinava com mais força ainda. Tudo bem, Paula, já vi o Milton Nascimento desafinando no Faustão que fiquei com vergonha alheia... Tom Jobim já foi vaiado cantando e tocando Sabiá (não vou entrar no mérito do motivo, que foi, foi). Hoje, Paula Toller, " acredite" , canta bem (pra aproveitar esse aposto ousado e bem colocado do Estadão). Além de ser uma simpatia - pelo menos

excolha

Imagem
A música não desiste de nós. Quando pausas afônicas contratempos, contra templos. A prendo. E escorre pelos dedos. Todas as letras. Mudifico-me. Emudeço-me. Mudo e fico. Mudo fico. O espelho não mente, omite. Fatia os sonhos da gente em silêncios. Reflexiona, une verso, represa em teia. É muita água, minha gente. É muito laço de gente. Muita corda acordada. Muita lã novelada. Milhares de gotículas uni das presas pela tramelas das tramas. É como a trema. Delicada, confunde. Ninguém sabe ao certo o que é aquilo ou pra quê serve. Eu sirvo. Trema. Com medo. Abra a janela no alto do prédio ou da letra u. E feche os olhos. Quando tremer e sentir sua mão suando, saiba que sei. Que sirvo. E estou pronto, vocacionado, chamado, em chamas. Nas flamas, o presente do indicativo pergunta a tu. Tua resposta é confusa. Porque sabes que é sim, queria que fosse não, e sofres. Sofres nos cofres da alma, tu sentencias. Est ás coberta com o manto do silêncio. Mas querias que este v

A palavra SUICIDA não termina em volta

Imagem
lambo o limbo  lumen lânguido persigo e a corda no pescoço do suicida coça um pouquinho, às vezes