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Ainda sobre o natal

Tal isso, tal aquilo. Na tal. É lá, onde encontros acontecem, desencontros acontecem, resoluções, verdades, sonhos. Fichas caem lá, na tal. Ou na reflexão de lá. Flexiona de novo. Dobra, se prostra, se curva, novamente: re-flexão. Não há resposta certa para o natal. Não há meio de ter certeza, a vida não dá certezas. Só a gentileza, a delicadeza do gesto, a porção dadivosa da Nossa Parte. Onde achamos que determinamos. Onde achamos que temos jeito. Onde achamos que depende de nós. Nesse lugar. Perdi entradas no caminho. Perdi saídas no caminho. Hoje, ando no mato, muitas vezes. E nem acho que seja por falta de sinalização. Acho que não estamos preparados para os sinais, volta e meia. Meia de lã vermelha, meia de lã verde. Verdades de meias. Se deixamos, esfriam. Se deixamos, morrem secas. Lá. Na tal. Boa noite.

Vontade de ser melhor

Amanhece escuro e ligo as luzes de natal da árvore nova que coloquei na sala. O papai noel tem mais cara de papai noel desse jeito, não com aquela roupinha da Coca-Cola. Sinto uma coisa boa. Tenho todos os motivos desse mundo pra detestar o natal. Mas escolhi os outros motivos que me fazem amar. O natal, quero dizer. Esperança é um deles. Vontade de ser melhor. Vontade do ninho, um pouco de magia, daquilo que não se vê. O Mistério da Fé é muito pouco explorado, hoje em dia. E nos damos ou com a auto-ajuda piegas ou com o entretenimento, o show pirotécnico da crença vazia. "Eu SEI Deus", já dizia um pensador citado por meu professor no curso de extensão de Filosofísica. Eu também. Sei das luzes, do Mistério intangível da fé (pela via da razão), da alma, do sonho. Sabedoria+Sonho+Entrega+Eros+Ânimus+Tempo+Graça+Eus+Silêncio=Mistério da Fé. Ou algo parecido. Comprei um livro novo sobre uma história de amor. Estou lendo dois com o mesmíssimo tema. Um clássico, um cont

Haikai do viver aprendoendo

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se lenço, choro. silêncio, escuto e espero

Haikai da dedicatória ao Amor inteligente

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para ser o primeiro livro de uma nova estante

As costas do Vazio

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Ontem sonhei com você. Que tinha certeza, que sabia de tudo, que ouvida de tudo, esperava escuta. Auscultei. O Vazio corre em mim e corre de mim. Não o alcanço. Corro, léguas, maratona, atravesso a linha de chegada no Rio de Janeiro pra provar que posso. Osso. Acho que o Vazio corre pra que eu não o alcance mesmo, para que não veja o seu rosto, para que não saiba como é de frente. Só vejo suas costas. Aflitivamente corro e, tartaruga com lebre, ele foge ifinidefinidamente. Mente. Mente que posso alcançá-lo. Mente que me comandamente. Mente que eu finjo que acredito. E retorno, eterno até certo dia, até certo ponto, até o diamante azul dos meus sonhos, dos sonhos da gente, quando a gente sonhava. Hoje, vi uma menina linda atravessando a rua. Ela não vive no mundo da maldade, no mundo que tem mentira, na maçã mordida, na cicatriz que sangra da costela de Adão. Seu Vazio tem frente, seu Vazio tem lado. Seu vazio tem lada. Meu mundo foi tomado de mim. Porque deixei por en

para quem estiver preparado

http://clubalfa.abril.com.br/sexo-e-relacionamento/relacionamento/amor-e-sujo-e-perverso/

341

Essa é a postagem de número 341. Dificilmente alguém vai lê-la até o fim. Dificilmente alguém vai leila até o fim. Vai, Leila, até o fim. Por favor. Se você não leila, quem, então? Eu estava lá quando minha avó morreu. Ao lado dela. Eu sei o que é isso. Eu sei o que é presenciar a vida. Eu sei que não duro pra sempre. Sei que a qualquer momento posso faltar. Sei que você que lê isso, fatal, mente. O orgulho pulou do alto do esquecimento. E, porumomento, és, que cimento... De cara para a postagem de número 341, me esborracho, me desapago, me desdeleto. Desde Leto que anoite é clara. Com ela anoita-se, os sentidos. Sem tidos. Sem sidos, sem nada. Quero falar do amor, mas fui dormir mais cedo. Antes, me sentei no box, deixei a água cair março e anoitecer outubro, lembrando que a sede está, que o barulho do xixi da vizinha está, que seu silêncio está, que seu nada está, que a morte da minha avó está, que a morte próxima está, que o barulho da cama não está, que a lembrança está,