Ladra de beijos
Marion Cotillard não sabe. Mas ela é um bom exemplo: é seu beijo sôfrego que pede mais, que não sabe se vai ser o último, que busca a essência, que pede perdão, que dá desculpas, que diz sim, que implora ao não, que rasga e atravessa, que excita, que morre, que nasce, que tem tudo e tem nada. Marion Cotillard beija Russel Crowe no final de " A Good Year " e revela nosso segredo mais íntimo. Ela e seus cílios mal educados. Ela e sua bocuda desmedida. Ela, simples, só, estando. Marion Cotillard não sabe. Mas pode saber. Já vi seus beijos, não preciso beijá-la. Compartilho com ela seus beijos nos meus que são os nossos. E tem gente que acha que beijo é coisa que se dá com a boca...