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Mãe d'água

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Conheci Iara há muito. Bem verdade que tenho mais contato com Iemanjá. No entanto, entre tanto, descubro feliz, certo dia, uma foto de uma bela moça na mesa da competente reitora: - Ah, você tem que conhecer minha filha. Essa sim, é um espetáculo ... Conheci. E, sim, não era olho de mãe. Presença marcante, divertida, inusitada, bem humorada, a doce presença de Iara tem me ajudado muito. Hoje, acho que já posso ousadamente dizer que somos amigos, porque caminhamos de mãos dadas para isso, trabalhamos juntos, e fazemos do ofício de comunicar, a arte de aprender e apreender. Um com o outro, outro com o um, todos conosco, onde estamos. Eu, desesperado e intempestivo. Ela, calmaria, organização e olhar crítico. Um pouco ácida. Melhor do que eu poderia supor. Tenho aprendido muito com Iara e seu jeito, seu olhar distantepresente, sua meiguice de óculos, conversando com o noivo ao telefone. Um gosto em comum: blogs. Aliás, motivo número 3 da nossa aproximação. Com a amiga Natália, exprime con

m-ente

Ele queria que fosse diferente. Que um riso, que um sonho, que um phone, um contato fosse fato, fosse feito, fosse... enfim. Queria que o sono de viver não estivesse, não se mostrasse, não aparecesse assim, real, tão estupidamente empírico. Sim, Otelo, Mouro, Moura, que Shakespeare, que shake. Seu sentido, sem ti, dor. Sem jeito, melhor dormir um pouco. O Tempo acabou de passar. E resolve nãonuncamais voltar. Sabe? Também sei, eu vi. E vejo um pouco a cada dia, na triste memória que insiste em deixar sua marca impressa no porta-retrato da mente. Sim, mente. Triste-mente. Os ipês rosa de Belo Horizonte têm nos salvado da morte súbita.

mix e entrega

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Ontem vi. Hoje tiro os óculos. Peço ao tempo: - me sorri. E ele, seus mistérios. Na ponta da vida que sinto na ponta da língua, sabores, misturas, poemas de amores. No peito do largo defeito que sinto em mim, clamores. E meus ais dessalgados. Há mar, amor, há filtro solar. Há descobertas molhadas pra quem navega vermelho sangue, coração. Há paz possível nesse meio sentido de êxtase esperança, medo saudade, con-fusão sem-ti-mental... Há alguém que sonha recados e lhe conta no dia seguinte. Há Deus, pra sempre.

carcereiro dorminhoco

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Eu disse a Carla Vergara que havia deitado à tarde e sonhado. Tenho sonhado com palavras. Não sonho mais com pessoas, desde que tudo se foi. Hoje, no dia 18 de julho de 2010, terminei de ler Grande Sertão: Veredas, oficiosamente. Ofício de ler, reler, sonhar e ressonhar palavras. Curiosamante, palavras que tenho sonhado, Não sonho mais pessoas. Será que elas nunca mais vão me fazer sonhar? A cre dito a mor, a cre dito a mar, e a poesia é a única forma que encontrei hoje cedo de tudo, de tudo voltar. Chronos me aprisionou em seu sonho, ele sonha comigo. Kairos, meu amigo, acorda meu carcereiro. Mas ele volta a dormir. Dor mir e sonhar. Hoje, à tarde, sonhei com a palavra ADEUS. E, misteriosamante, só pude concebêr e a cor dar: A DEUS... na foto, o cruzeiro de Curralinho, despedindo-se do dia 02 de julho de 2010.

olhos nos olhos

poderia dizer tudo como posso dizer nada. entre nós, o pó da estrada. pode, ria, dizer tudo como posso dizer? nada em trenós, o pó da estrada poderia dizer: tudo como posso? dizer nada? entre nós, o pó da estrada... imagino-te olhando isso... lave os olhos antes de dormir... E o Rio de Janeiro continua lindo.

simplesmanteamente

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A sal dade temprana que tempera a idade quase sempre engana quem não tem maldade Ouso acreditar na falta do tempo que juntos não fomos por falta de espaço Sinto ter-te, aço pele e descompasso tanto tudo toda neve onde passo Corro mais um pouco suo internamente veia, tão somente ama, coração! Rezo ainda em choro que kronos me encante se não mato, morro simplesmenteamante...

Breve comentário sobre "Muito Além do Jardim"

Para falar do filme, devo dizer que o nome dela era Eva. E o nome dele, Chance. E isso já seria o meu melhor comentário. Aos mais atentos, serviria. Ponto. Ele buscava viver, simplesmente, e fazer florir. A ingenuidade do filme, ao mesmo tempo que define sua perenidade - sim, é muito atual, mesmo tendo sido feito na década de 70 -, mostra que, parodiando Chance, a seiva corre nas veias, independente das agruras que passam a casca da árvore. Vou ser mais óbvio: existem questões de ordem filosófica, existencialistas, subjetivas, mas que brotam em todo peito humano, que não dependem do s tatus quo . Não dependem da época, da moda, talvez... nem da linguagem. Não sei. Isso eu tenho que refletir mais um pouco pra palpitar, mesmo que de maneira quase irresponsável, como aqui no blog. ...é que tem coisas que são mais raizes, mais ser humano mesmo, mais fundantes. Mesmo sabendo que tem coisas que só a Philco faz pra você. Se é que você me entende. Ah, veja o filme. E diga não ao modismo e ao c