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simplesmanteamente

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A sal dade temprana que tempera a idade quase sempre engana quem não tem maldade Ouso acreditar na falta do tempo que juntos não fomos por falta de espaço Sinto ter-te, aço pele e descompasso tanto tudo toda neve onde passo Corro mais um pouco suo internamente veia, tão somente ama, coração! Rezo ainda em choro que kronos me encante se não mato, morro simplesmenteamante...

Breve comentário sobre "Muito Além do Jardim"

Para falar do filme, devo dizer que o nome dela era Eva. E o nome dele, Chance. E isso já seria o meu melhor comentário. Aos mais atentos, serviria. Ponto. Ele buscava viver, simplesmente, e fazer florir. A ingenuidade do filme, ao mesmo tempo que define sua perenidade - sim, é muito atual, mesmo tendo sido feito na década de 70 -, mostra que, parodiando Chance, a seiva corre nas veias, independente das agruras que passam a casca da árvore. Vou ser mais óbvio: existem questões de ordem filosófica, existencialistas, subjetivas, mas que brotam em todo peito humano, que não dependem do s tatus quo . Não dependem da época, da moda, talvez... nem da linguagem. Não sei. Isso eu tenho que refletir mais um pouco pra palpitar, mesmo que de maneira quase irresponsável, como aqui no blog. ...é que tem coisas que são mais raizes, mais ser humano mesmo, mais fundantes. Mesmo sabendo que tem coisas que só a Philco faz pra você. Se é que você me entende. Ah, veja o filme. E diga não ao modismo e ao c

Being There - "a vida é um estado da mente"

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Ele entrou no avião. Com pouco tempo de vôo, começou a turbulência. Ele era acostumado, voava muito. Mas essa turbulência estava fora do comum. A tempestade fazia do avião papel, um nada, um brinquedo. Olhou à sua volta e o pânico era generalizado, ninguém falava, todos paralizados pelo pânico. Ao seu lado, inesperadamente, uma criança desenhava. Desde que começou a turbulência, lá estava ela, com suas folhas A4, giz de cera, desenhando tranquilamente enquanto todos estavam em desespero. Nem muito nova, nem muito velha, já tinha noção do que acontecia. Por isso, inusitada a cena. Tomando um ar, tentando se recompor, a curiosidade foi mais forte que o pânico, tanto é que perguntou: - Poxa, o avião balançando tanto e você aí, todo tranquilão, desenhando... você não tem medo não? - perguntou. - Claro que não. - disse o menino. O piloto é meu pai. *** Não me pergunto, mas deveria, o porquê de ter ficado tão tocado com essa história. Quem é mais próximo a mim, sabe. Desconfia. (Des confi

Azul Profundo.

Entrou na Maria Filó do Diamond Mall. Ela estava lá. À direita de quem entrava na loja, um vestido que só poderia ser dela. Do mesmo tamanho, da mesma medida. Conhece cada centímetro do seu corpo, cada curva, cada espaço, cada suspiro, cada marca. Conhece os contornos do hoje, já sabe o que vem amanhã. Sabe que esse vestido é dela. Per feito, feito pra ela. Tamanho de decote - o que ele queria que ela usasse -, o curto ousado respeitoso da saia - ela sabia que ele adorava suas pernas à mostra - e um tom que lhe cabe. Sabe? Que lhe exalta, que prepara a todos pra sua pele, seus cílios, sua boca marcada, seu sorriso, que quando quer, é tímido. Seu jeito de olhar um pouco pra baixo-pra frente, pro canto-pra gente, que enternece e deixa doido. Um jeito assim assim. Tava, ela tava lá. Até perguntou pra vendedora o preço. - De 379,00, pela metade do preço. Leva, ela vai gostar!... - Tenho pra quem levar não. Se fosse um dia, levava. - Se você quiser, pede pra ela me procurar. Meu nome é Pris

diga 37

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Tenho trinta e sete anos e um des a fio, a penas: ser feliz. Me en cantar nova mente, me en volver. Tenho trinta e sete anos e menos uma infância. Menos um peito, menos jeito, menos lambança. Tenho trinta e sete anos pra lembrar, trinta, e sete pra esquecer, trinta e sete pra brindar. Trinta e sete pra mover e respirar. Trinta e sete opções pra esquecer de amar. Trinta e sete vezes pra jogar, trinta pra partir, sete pra inspirar. Tenho trinta e sete sonhos pra realizar. Hoje, mais um dia, ou menos um. Amanhã, novo hoje, bem comum. Cuide do jardim, ela diz. Plante uma árvore, ele fala. Faz um filho, ela sonha. Eu, trinta e sete bobamente mais eu, insisto: sou amigo de kairos. O tempo da aprendizagem, o tempo do coração. Um dia, ela ouve, um dia ela escuta, um dia ela sente, um dia, transmuta. Trinta e sete anos são ainda bem feitos de um dia.

Ventanto tanto

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Ela é querida. E me acompanha de perto, de longe, de certo. Ela me mandou um email carinhoso de aniversário, que copio aqui parte da resposta, que acho que resume bem o que foram esses quatro dias: Sabia que vinha pro sertão que Guimarães, pra estrada do eu, e vim me procurando atrás de cada pedra, de cada árvore, em cada nuvem, nas sombras pelo caminho. Foi bom. Cheguei na Serra do Cipó e decidi dar um pulo na Lapinha, que nunca tinha ido. Vi a bela lagoa, dei carona pra um matuto Bruno, que não sabia falar direito, mas sabia tomar cachaça e vender lote com vista pra lagoa. A estrada de terra pintava os sentidos e deixava uma fina camada de pó da estrada, pra ser retirada com reflexão sobre o caminhar, prova do percurso. Estou bem, penso você, penso tantas pessoas que distribuo amor por onde meus pensamentos passam. Ainda nesta semana, na aula de hebraico, uma espécie de questão zen hebraica nos banhou: se o mar chega à falésia, e nela, uma caverna esculpida se enche de água, o mar f

sobre a criação

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Deus fez o mundo em 7 dias. No quarto, ele estava de bom humor.