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8 fotos do dia primeiro

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Diamantina continua charmosa. E saber que vai ter Vesperata, sonho antigo, neste sábado, foi um presente precioso.  Da Pousada do Garimpo vejo a montanha, a igreja, o casario, o sertão, o silêncio e a palavra. Lavra.

parabêns

acordei com a cabeça doendo de amor. é meu aniversário. nada maiúsculo, só o sentimento muscular que pulsa no peito, necessidade de afeto. senti manto . me cobre. me deixo levar. e fluxo sentidos, e fluxo intenção, fluxo intensão, sabonete cheiroso que pinta a pele gostos amante . bloqueio nada, deixo vir, sou todouvidos e oolhoos abertos, peito aberto e arfalante, e ainda calmo, em busca de carinhos do mundo. já manifesta-se o mundo amigo, que me quer bem. sou grato. senti manto , mais uma vez. ela me liga da alemanha e sou feliz. ele me diz pra eu ir bem, seguro, com cuidado de mim e sou feliz. ela me ligou ontem e, apesar de não ter querido atender, querido. sentitanto. toca telefone, toque telefone, mais um, mais uma. ums. humm... sonho que ela liga, espero que ele ligue, ligo pra ele que sem não é. é dia de festainterna, ebulição de motivos. tudo move, mas agora, com outro ritmo. meus pais deixaram um conjunto novo de café de cerâmica, lindos mesmo, em cima da mesa da minha casa,

- vai ser complicado

disse ela. Fui ver "O segredo dos seus olhos" com minha mãe. O filme acabou e ela não olhou para mim. Só me deu a mão, na hora que eu disse: vamos ? e se levantou e me puxou calmamente, respeitosamente, sem se virar para mim. Talvez ela tenha percebido, meu ombro estava encostado ao ombro dela. Certamente, mãe. A elas, nossos ouvidos. A elas, nossos olhos. A elas, alguns dos nossos segredos. A elas, as ações que nos agridem, mesmo que não sejam nossas, as mães. Por vezes, ocultamos a verdade, sempre por elas. Ela não tem culpa do filho que tem. Ela não tem culpa da filha que tem. Todas, mães. E sofrem, e padecem no paraíso, e não olham para o filho quando choram. Só quando é preciso. É preciso descobrir o segredo dos seus olhos, mães. Preciso. Daí, ser preciso quando choro, quando minto, quando moro, quando sinto, quando adoro, quando amo, quando ando, quando volto. Eu preciso chorar descobrir quando choro para me olhar descobrir revelar nos olhos secretos de minha muito muit

quando a lua nasceu na estrada hoje

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Sat patim dehi parameshwara - disse minha prima. Entendo bem o que você quer. Desentendo o querer, baseado no ser. Desejo o estar e permanecer. Entendo mais o silêncio e o perdão. Desentendo o falso sentido do não. Desejo o que m te, quente e somente tanto verdade. Simplesmente. Simplásticamente. O olhar da menina me diz que lua, que sentido, que ouvido e balbucia. Se inicia no somar. Somalicia. Todos os beijos daqui por diante vão indiscutivelmente falar de nós. Êta agrura que desatina...

Solomino

Dínamo levantou cedo. Tinha sonhado com soldados. Sonhou também com fogo, a noite inteira. E que havia fogo embaixo do sofá. Talvez fosse em cima, Dínamo. E o fato de, no sonho, o chão ceder ao toque, ali mesmo na sala, só constata que ruiu, enfim, o que estava podre. Daí, pegou um lápis de cor, preto mesmo, e ousou: SOLOMINO ela merece aquece o meu sono de menino ela padece da prece que envulva o meu olhar ela enlouquece enternece nua presença no mundo e faz de ludo pro surdo voltar a escutar mas foi a dois que o sonho o mesmo sono de menino se encontrou distante do sinto (muito) e se firmou com força com jeito de enforcar e autorizou defeito no preceito para amar Refrão : Como é que faz quando tudo acaba?... Como é que faz quando tudo?... Como é que faz quando?... Como é que faz?...

für die prinzessin

Não triste não viste o sabor do saber. Não veja só seja o bom do querer. Se, tudo, diz, muda, o que é o amar. E estuda um jeito sem jeito de se conquistar. Só sinto um defeito no jeito de eu ser de estar de sobreviver. Casulo de mim moro no abraço sem laço com choro no ombro que faço ao lembrar de você.

nova mente?

Pele. de dentro e de fora. Pêlo. de dentro, do centro. Aquilo que foi, não encontra motivo. Queria algo novo, diferente, somente. Unicidade única. Unipaís, unicontinente, unimundo, universo, Uni. Única mente, infelizmente e lhe faz poído. Arrasado, fudido. Não encontra reflexo nos seus cacos. Antes, via bolas de natal quebradas, todas vermelhas, aos cacos e see via em todas elas... E mesmo assim era natal. Mesmo assim era bom, era belo, era sonho... Hoje, só uma confusão de sentidos, humilhação do vazio, fastio, repugna ao toque, retoque, dê-lhe um desvio. É muita dor de garganta. É muita agressão a quem sonha. Crudelíssima vida, que expulsa, faca afiada na língua, joelho ralado nas manhãs sem mães. Desencontro. O circo vazio se encontra. Ele, palhaço, no meio do picadeiro chora. Esmola. e a terra assola a vontade de voar novamente.