Algodão-agridoce
" As Grandes Lonas do Céu ", como disse o diretor de teatro Fernando Limoeiro. O circo e seus mistérios. Arrelias de plantão, incitem o imaginário quase arquetípico que trazemos desde a primeira infância! A imagem do Pagliacci, o palhaço que chora, da ópera de Ruggero Leoncavallo, parece retrato fiel da vida. Alegoria da existência, que pinta, borda, cai, faz rir e, ainda assim, é miserável. Êta, vida! São tantos picadeiros... A família, o trabalho, os amigos, o botequim, tudo nos parece chão batido com tábuas coloridas em volta, fazendo o círculo, arquibancada improvisada pra quem quiser sentar e apreciar. Números que representamos e que, às vezes, teimamos em não olhar. De onde vem tantos ensaios abertos? Pra onde vão nossos tantos malabarismos? Ainda ontem, me vesti de domador. Hoje, voltei a fazer graça. Nem todo circo é um Cirque du Soleil. "Alegria" às vezes distante, pra quem se coloca sob as luzes dos holofotes. Eu compraria ingresso pra ver o circo da min