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Cicieira

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ciciei ra fadado vento  passa ventando buscatravessaenvou vendotempo toma os sentidos  e fica sem graça souslow motion na sua presença imagem em http://cache.gawker.com/assets/images/jalopnik/2009/05/Slow-Motion-Car-Crash.jpg

O velho e o novo

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Samarone, aluno do sexto período de Publicidade e Propaganda, começou o email dele para mim da seguinte forma: "Velho professor, muito boa a aula de ontem." Fico feliz, novo aluno. Não por ter dito que a aula foi boa. Fico feliz por ter me chamado de velho professor. De baixo, ou do alto, dos meus 36 anos de idade, idade que completo dia primeiro de julho deste ano mesmo de 2009, me esqueço que sou velho e me esqueço que sou novo. Me lembro de lembrar a cada instante, quando olho no espelho (e olha que eu pouco olho no espelho) que " O  tempo está na ponta do punhal " como diria o artesão da palavramúsica Celso Adolfo e que não há tempo a perder... Aliás essa foi a maior lição que tive do meu avô Hélio, pai da minha mãe, que me disse isso da forma mais contundente que pôde, morrendo, sem deixar que eu lhe desse o último abraço de despedida, o último carinho antes da partida, a confissão do eu te amo vovô, do alto, ou de baixo, dos meus onze anos de idade... Samarone

Coelho

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o coração da gente é uma cenoura amarrada na linha duma vara de pescar imagem em http://www.bragancanet.pt/patrimonio/images/coelho.jpg

Na pracinha, o sol.

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Ontem vi o Marcio com o nenenzinho no colo. Hoje eu vi o Marcio com o nenenzinho no colo. Seus cabelos estão mais grisalhos, seu bigode mais branco.  É o Marcio, era ele com um nenenzinho no colo. Ele pegou o neném, como quem pega o nenenzinho no colo, e fez aviãozinho com ele. Era ele, ele com um nenenzinho no colo. Tá magro, a idade lhe pesa no tanto certo. Nem muito, nem pouco, pra quem pega uma criança pra brincar de ser avô. Sua filha é mãe. Morena, pele jambo, nem o fato de ter engordado um pouco a faz menos bonita, menos olhos grandes, menos olhos negros e reluzentes. Seu cabelo, desgrenhado-ser-mãe, tá bonito, cacheado, meio curto, meio longo, e acompanha o movimento do Marcio com o nenenzinho no colo. A narina direita do lindo neném tá com uma casquinha de dodói. É que ele já tá descobrindo a vida, a vida dá dodói pra gente. A vida dá dodói na gente. Ainda bem que ela dá Marcio, pra pegar a gente no colo, independente do dodói, da vida, da escova de cabelo, da idade, do ontem,

Até que enfim.

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Oi. Bom, eu não esperava que você fosse entrar no blog agora. Quê que você tá fazendo? Hum... Legal. Quê?  Não, na verdade esse é um texto simulando uma conversa minha com você aqui no blog. Mas ele pode não funcionar, porque se você não tiver entrado, não dá certo a simulação... Enfim... Bom, deixa eu aproveitar que você entrou pra perguntar: por quê você entrou no blog? Foi porque tava com saudades de mim, porque tava com um certo interesse no que tá sendo escrito, porque a curiosidade é maior que você, porque você no fundo sabe que a distância é uma coisa complexa de resolver?... eu não tô ouvindo a resposta, pode usar da sinceridade e da verdade absoluta. Ou tem alguém aí do lado? ... Responde pra você, então. Dentro da sua cabeça. Eu ouvi a resposta. EU OUVI A RESPOSTA. Você não pode saber, isso faz parte de uma coisa que não passa pela lógica, pelo compreensível, pelo racional... eu tô falando que ouvi e nunca ninguém vai provar que não... Olha, deixa eu dizer mais uma coisa: se

À procura da pipa

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São 22:44h. Na casa, o silêncio da noite. As pálpebras pesam por ter acordado novamente as 4:50h. Que respostas busco? Me lembro do Márcio, amigo antigo que citava o padre Celso de Carvalho: "... Estão procurando o que não esconderam ...".  Sim, estou procurando o que não escondi. E encontro o que não procuro. Perdôo a mim mesmo pelos encontros. Confesso a mim mesmo sobre as procuras. Rico que sou, empobreço na escolha de " deixar viver, deixar passar... ", pra quem souber o que estou citando, sem usar o francês que estudo...  As flores do campo dos sonhos encontram as ervas daninhas do campo do racional. A emoção se confunde com o logos, azeite e água em tentativa de emulsão. Turvam-se os sentidos. Às vezes, esqueço de respirar.  E o desejo simples de casa, saúde, trabalho, amor, alegria e prosperidade, se turva como vidro engordurado, embassando a paisagem, escondendo o caminho. Talvez os olhos fechados façam ver naus, embarcações que chegam e que são portas de sa

Quer correr 5 km comigo?

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Droga. Que merda. Essa porcaria tinha que estragar justamente agora? Bom, vou ter que correr sem música. Acho que vou cantando mesmo...  se os frutos produzidos pela terra/ ainda não são tão doces e polpudos como as pêras/ da tua ilusão/ amarra o teu arado a uma estrela/ e os tempos darão/ safras e safras de sonhos/ quilos e quilos de amor/ noutros planetas risonhos/ outras espécies de dor/ uôuô uô uôuô ô... saco. Hoje não tô a fim de cantar. Nuh, que vento. Ué, quem que é essa menina? Bom, 140, acho que vou manter os 140 mesmo, ontem eu corri 12 km, vou ficar no 140 e correr 10 mesmo. Êba, a curvinha do sol. Putz, todo passeio de Belo Horizonte deveria ser igual ao dessa esquininha da rua Prof. Raimundo Cândido com João Antônio Azeredo. Adoro esse pedaço de rua. Adoro a cara dessa casa. O dono deve ser gente boa. Ôpa, campo minado. Hum... essa época do ano o sol não bate essa hora nessa subida da Zuzu Angel. Deixa eu dar um gás pra ver se animo. Ué, que horas será a missa hoje?, o po