À procura da pipa
São 22:44h. Na casa, o silêncio da noite. As pálpebras pesam por ter acordado novamente as 4:50h. Que respostas busco? Me lembro do Márcio, amigo antigo que citava o padre Celso de Carvalho: "... Estão procurando o que não esconderam ...". Sim, estou procurando o que não escondi. E encontro o que não procuro. Perdôo a mim mesmo pelos encontros. Confesso a mim mesmo sobre as procuras. Rico que sou, empobreço na escolha de " deixar viver, deixar passar... ", pra quem souber o que estou citando, sem usar o francês que estudo... As flores do campo dos sonhos encontram as ervas daninhas do campo do racional. A emoção se confunde com o logos, azeite e água em tentativa de emulsão. Turvam-se os sentidos. Às vezes, esqueço de respirar. E o desejo simples de casa, saúde, trabalho, amor, alegria e prosperidade, se turva como vidro engordurado, embassando a paisagem, escondendo o caminho. Talvez os olhos fechados façam ver naus, embarcações que chegam e que são portas de sa