Essa é a postagem de número 341. Dificilmente alguém vai lê-la até o fim. Dificilmente alguém vai leila até o fim. Vai, Leila, até o fim. Por favor. Se você não leila, quem, então? Eu estava lá quando minha avó morreu. Ao lado dela. Eu sei o que é isso. Eu sei o que é presenciar a vida. Eu sei que não duro pra sempre. Sei que a qualquer momento posso faltar. Sei que você que lê isso, fatal, mente. O orgulho pulou do alto do esquecimento. E, porumomento, és, que cimento... De cara para a postagem de número 341, me esborracho, me desapago, me desdeleto. Desde Leto que anoite é clara. Com ela anoita-se, os sentidos. Sem tidos. Sem sidos, sem nada. Quero falar do amor, mas fui dormir mais cedo. Antes, me sentei no box, deixei a água cair março e anoitecer outubro, lembrando que a sede está, que o barulho do xixi da vizinha está, que seu silêncio está, que seu nada está, que a morte da minha avó está, que a morte próxima está, que o barulho da cama não está, que a lembrança está, ...