Volta
Dorme silêncio. Vou-te escuta. Sigo presença, falta medida, encanto esperança. Dança. A flauta do meu Amor soa apito de navio. Canta distâncias. Desbrava mares. Ondas de querer que me atormentam saudade. No voal da janela, o Vento brinca baile. Sopra cama. Inspira sonho. O caracol do cabelo enlaça o dedo do Vento. Sou sentimento, sou, sem ti, mentira do momento. Sou infante, infame. Mas sigo. Inflame. Quando crepitarem as estrelinhas da nossa fogueira, pai chão, o terreno por onde andarmos vai deixar de existir. E seremos no colo do Vento. Estaremos, mãos dadas com o Tempo. Encantados, nosso mútuo peito travesseiro.