De finições ou de iniciações
Senti que é de perdas, porque acumulou muito É de sobras, porque se doou demais E só tem sobras quem não se guarda em nada Só tem para dar quem nunca se negou E vive do bem e do mal de se entregar. Se entrega permanentemente, mesmo que em vão, para não ficar no guarda-roupa feito roupa de frio em tempo de calor Para não virar mofo em gavetas de sobrevivência Se entrega para não virar passado Quem sabe quantos passos? Quem sabe se não foram nos passos perdidos que se encontrou? Quem sabe se não foi ao se perder que se capturou? Quando você planta muita estrada pelo caminho É natural que colha algumas lições. São nas passadas que imprimimos nossa marca. Ás vezes, os rastros são de asas em vôos que inventamos na viagem Por outras, deixamos palmos impressos no chão, Trechos percorridos Passo a passo, como convém a quem anda todo dia. E anda todo dia atrás do seu próprio sonho sem parar. E aprendeu a amar a estrada, a viagem, a caminhada. Fo