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Wagner Moura, Claudio Manoel e os bonobos

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Na página 48 da Revista Alfa desse mês, que tem Wagner Moura na capa, uma matéria de Claudio Manoel me chama a atenção ontem, quando li. "Everybody macacada" foi o título escolhido. Ilustrando o artigo, uma foto (melhor do que essa que achei na internet) dos macacos bonobos que, quando correm perigo, sua estratégia de defesa é: ficarem abraçados. Segundo Claudio Manoel, "só dá pra ser bondoso na paz e na fartura. No resto do tempo, bom é ter testosterona e saber lutar." Eis o que defende o colunista, nas poucas palavras a que tem direito no seu espaço de uma página. Entendo o que quer dizer, ou melhor, entendo o porquê de ter dito isso. Mas optei por pensar diferente. E fazer disso bandeira. E de ontem pra hoje, sonhei com minha filha. No sonho, ela ria pra mim, me abraçava, brincávamos juntos, conversávamos. Ela, com um ano e seis meses. Ao final do sonho, minha filha me trazia uma banana... Acordei feliz. Quero crer que Mahatma Gandhi não concord

Haikai da vontade de correr

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A lua. Ah, lua. Não faz isso comigo.

Vai uma Dica

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Acho que muito pai, muito filho e muita mãe deveria conhecer os belos textos desse poeta sonhador que, sábio, é sabiá. http://vanderleitimoteo.wordpress.com/2012/08/26/esquinas-e-janelas/

Paula Toller. 50 anos que valem por 1 ano e 6 meses.*

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(gravação, hoje, na Escola Estadual EMEI Maria Augusta,  quando me sentei com as crianças da idade da minha filha) No Twitter do Estadão, se não me engano, li, há 2 dias: A cantora Paula Toller, acredite, faz 50 anos hoje. É assim. Tem coisa que é ruim mas é bom. A Paula Toller ter feito 50 anos pra ela pode ser ruim, mas com um corpinho de 30, pra ela pode ser bom. Pra mim é, certamente. Acho gata. Gata e gostosa, com todo respeito. Kid Abelha: é ruim mas é bom. Nos anos oitenta então, foi um barato! Bom demais. E as músicas? Tudo ruim. Mas tudo bom. Delícia! Paula cantava mal com força. Desafinava com mais força ainda. Tudo bem, Paula, já vi o Milton Nascimento desafinando no Faustão que fiquei com vergonha alheia... Tom Jobim já foi vaiado cantando e tocando Sabiá (não vou entrar no mérito do motivo, que foi, foi). Hoje, Paula Toller, " acredite" , canta bem (pra aproveitar esse aposto ousado e bem colocado do Estadão). Além de ser uma simpatia - pelo menos

excolha

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A música não desiste de nós. Quando pausas afônicas contratempos, contra templos. A prendo. E escorre pelos dedos. Todas as letras. Mudifico-me. Emudeço-me. Mudo e fico. Mudo fico. O espelho não mente, omite. Fatia os sonhos da gente em silêncios. Reflexiona, une verso, represa em teia. É muita água, minha gente. É muito laço de gente. Muita corda acordada. Muita lã novelada. Milhares de gotículas uni das presas pela tramelas das tramas. É como a trema. Delicada, confunde. Ninguém sabe ao certo o que é aquilo ou pra quê serve. Eu sirvo. Trema. Com medo. Abra a janela no alto do prédio ou da letra u. E feche os olhos. Quando tremer e sentir sua mão suando, saiba que sei. Que sirvo. E estou pronto, vocacionado, chamado, em chamas. Nas flamas, o presente do indicativo pergunta a tu. Tua resposta é confusa. Porque sabes que é sim, queria que fosse não, e sofres. Sofres nos cofres da alma, tu sentencias. Est ás coberta com o manto do silêncio. Mas querias que este v

A palavra SUICIDA não termina em volta

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lambo o limbo  lumen lânguido persigo e a corda no pescoço do suicida coça um pouquinho, às vezes

Sofreu

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Filha, que saLdade ! Que vontade de lhe ver, pegar você em meus braços, sentir o seu cheiro, brincar com seu cabelo de mola, rir sem medida das suas caretas e seu jeito de olhar o mundo. Como a saudade é de sal, minha filha... Viver tem sido caminhar na praia: ao lado, há mar. Imenso, vasto, profundo, infinito. Sob os pés, areia quente. Por todos os lados, o sol que esquenta, mas castiga. Sem sombra, sou só Tuareg que, só, quer defender seu código de honra, mesmo que o mundo não se saiba, mesmo que mais não saiba um mundo sobre o que é ser-ter-estar, um só código de honra. Leia Nilton Bonder, minha filha. Há vento, Beatriz. Mesmo que a gente não veja, ele balança as folhas do coqueiro. Sentimos sua presença. O vento fustiga as ondas do amor. Se há mar e há vento, há ondas. E o mistério inexpugnável  da presença da lua. Assim sou eu, assim sou seu pai, assim é o nosso amor. Inquebrantável presença pulsante. Indomável. No espelho, no jeito de suspirar, no jeito de olhar, na fuga d