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Nude

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Naked. Acordei às sete e pouco. Pelado, puxei o macbook para o meu colo antes de acender a luz do quarto. Depois de ver que haviam comentários na folha de rosto do meu iphone. Pelado, abri o email e descobri que não há resposta para a vida. Só perguntas. Quais, enfim, devo fazer? Talvez o truque seja esse. QuAndo pergUntas peladas, deSejos dEspertos. Seja esperto. Esperto, me levanto. Pelado. Acordado, saio andando pela casa, depois de fazer xixi, vou deixar pra escovar os meus dentes depois do café. Estou sozinho mesmo... Entro pelado na cozinha e vejo a máquina de fazer pão. Comprei com vontade de fazer do meu café da manhã mais um ato de amor. E, de certo modo, fiz. Os ingredientes pelados que coloquei ontem à noite, depois que cheguei da casa da minha professora de francês, que fez aniversário, viraram pão. E ele está ainda morno. Morno e pelado como eu. Morno e pelado, como eu. Antes, faço um café. Com o pó de café que veio do sítio do meu pai. Os dez pézinh

Do filho, do pai, pra mãe, do ano novo.

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Mãe, feliz ano novo. Comi o bolo de chocolate que você deixou pra mim de presente quando viajou, o mesmo que você faz em todos os meus aniversários. Hoje tentei mais uma vez resolver as coisas todas, mas não foi possível. Nem sempre as pessoas sabem a importância da escolha em nossas vidas. Que as mesmas sementes quando plantadas, germinam ou não dependendo do terreno onde estão. Se tem água e luz. Às vezes falta água, às vezes falta luz. A iluminação é preciosa em todo o processo de germinação e crescimento. Quantas escolhas erradas eu fiz, por falta de iluminação? Realmente não sei. Mas sei que todas as sementes que foram originárias das minhas escolhas, germinaram. Todas elas. As boas e as ruins.  Não. Não estou dizendo que haviam sementes ruins. Estou dizendo que as escolhas foram boas ou ruins. As minhas. E isso fez toda a diferença, mãe. Paro um pouco e imagino você fazendo o bolo de chocolate pra mim. Saiba que não ficou com pouca c

O fim do mundo está próximo.

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O fim do mundo está próximo. Digo, do ano. Imagino se você parou por um momento e pensou: putz, o fim do mundano está próximo, será que fiz tudo o que eu podia? Tudo bem, você não pensou isso. Só está lendo esse blog sem exatamente nenhuma implicação efetiva em sua vida e em seu cotidiano. Ok. Seu chefe viajou e mandou você ficar trabalhando. Por isso você está aqui, passando o tempo. Tá, melhor eu continuar escrevendo algo que lhe desperte interesse, pra ver se você pelo menos termina a leitura. Fim do mundo é assim (desculpa, do ano ), você já imagina a lista dos desejos pro ano que entra. Aliás, tem vários ritos possíveis relativos a isso. Um básico, é escrever tudo - e assim poder conferir o que desejou, o que plantou e o que colheu no final do ano que chegou, passou voando e lhe tomou de assalto. Tranks. Eu não sei bem se isso é bom ou ruim. Não sei se isso é mais uma estratégia básica de coaching que minha amiga ninja Danielle Michel Serafim ensinou, porque tem pena da g

Sonho de Natal

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Evangélicos. Muitos, que cantavam e que batiam palmas. Alheios à revolução que acontecia, apesar da minha incompreensão. Dividindo a escola com os evangélicos, nós, refugiados, espremidos nas salas, vagando nos pátios, tentando localizar um ou outro, que havia sumido há dias. Não consigo me levantar. Na almofada amarela, me arrasto de um cômodo a outro, sem me preocupar por qual motivo me arrasto, ao invés de andar. Quem eu menos espero vem pra me abraçar. Me olha com um olhar carinhoso e diz que apesar dela ter sumido, que ela está bem. Que teve notícias que ela está bem, que ela não teria sumido se não fosse por eles. Não sei quem são eles, mas eles a têm em cativeiro. Olho na tv, na parede da escola, e os desenhos animados, ao invés de historinhas infantis, estão dando notícia da revolução, de modo dramático, não de modo jornalístico. Ela passa a mão na minha cabeça, me olha com aqueles cílios marcados, cola seu corpo em meu ombro, eu de joelhos, e diz que ela não sabe bem o q

Tem sido

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http://besantanna.blogspot.com/2010/06/vai-ser-complicado.html No dia 30 de junho de 2010, escrevi esse post, depois de ir ao cinema com minha mãe. Às vezes, não ouvimos o recado. Pensamos tanto em falar menos e ouvir mais... mas o segredo está sim nos olhos. Não na boca, não nos ouvidos. Noutros sentidos. Comprei o filme, finalmente, que dizia da história. Quem sabe pra buscar uma pista, um conto, um toque, um sopro, um alento... Sim, vai ser complicado, ela diz. Que bom que ela sabe.  Ele sabia. E estava mais do que disposto. Ele buscou a verdade.  "Temo" - escreveu na noite. E o que queria dizer mesmo era outra coisa.

Haikai sobre a morte.

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A vida  é ida.

Bom fica.

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Minha amiga disse que ela está bem. Há cerca de 70 dias, quando sua dona se foi, perdeu todas as folhas. amuou-se. Invernou de dentro pra fora. Pedi socorro na mesma hora. A Pequena Resedá  é um símbolo importante. A árvore é um símbolo importante.  Raiz, tronco, galhos, folhas. É preciso molhar. É preciso saber que não se poda à toa. Talvez... seria mais fácil se as pessoas compreendessem o casamento, efetivamente, como um bonsai. Sua poda bem feita não prejudica a árvore, pelo contrário, só faz com que fique mais bela, mais forte, mais vistosa. Não há porquê não podar. É justamente o contrário. Os limites não ferem. Exercem um poder importante para o crescimento, para a força. Ser integral apesar do limite é só uma questão de escolha. Não se perde por causa disso. A liberdade de crescer internamente, a liberdade de crescer dentro da relação, a liberdade de ganhar força, a liberdade de ganhar viço tem um aliado na poda. No limite. Muita gente engana-se ao achar que retirando ess