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Mostrando postagens com o rótulo #compaixão

De passageiros a condutores de suas próprias vidas

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O Trem das 7 segue cadência, por entre as tantas montanhas de Minas. Projeto rico, idealizado e posto pra rodar com a lenha dos maquinistas Tio Flávio , Érica Machado e Tânia Campos, encontrou sua estação no Albergue Municipal Tia Branca , da região centro-sul da capital mineira. Lá, pessoas em situação de rua tentam se refugiar das tantas perdas da vida, para se refazerem e continuarem a caminhar. São muitos os motivos que levam as pessoa a encontrarem essa situação em suas vidas. Um deles, o orgulho. É muito difícil aceitar que a engrenagem do mundo não tem como eixo o antropocentrismo umbilical. Outro, o medo. Será que vou ser julgado? Será que vou ser ouvido? Será que vou ser ferido? A droga do crack, a droga da bebida, a droga do fumo são só o segundo passo de quem já deu o primeiro na beirada do precipício. Muitas vezes, não há tempo de olhar para trás em busca de uma mão que nos segure, que não nos deixe cair. A batuta da Alcione conduz com maestria, pulso firme e c

Surpresa

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Trabalhando. Ando três quarteirões até o restaurante onde almoço. Quando estava a três passos do restaurante, me deparo com uma amiga, grávida de sete meses, hospedada no mesmo local. Ela carrega compras. –Deixa eu lhe ajudar. Eu disse. –Mas você não vai almoçar aqui? Você vai voltar lá e levar as compras pra mim? –Sim, qual o problema? –Só acho que você vai fazer papel de bobo. –“Papel de bobo”?!? (Eis o título do post) –Sim. Não preciso que você volte três quarteirões. Eu estou grávida de sete meses, não estou doente. –Eu sei que você não está doente. Está grávida. Não achei que isso seria “papel de bobo”. Achei que seria uma delicadeza. –Então tá: se você quiser andar nesse sol, carregando essa sacola pesada pra mim, por três quarteirões, pra depois voltar pra esse mesmo lugar, fique à vontade... Fui. Chegando: –Vem cá, deixa eu lhe agradecer! (querendo me dar um abraço) –Não precisa, não fiz nada demais. Só estava fazendo o meu “papel de bobo”. Caminhando de volta ao rest

Quem quer mudar o nome da Branca de Neve levanta a mão.

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Acho que a gremista Patrícia Moreira merece perdão. Acho que seu erro deve ser punido. Há muito é necessário perdoar. É preciso que aprendamos o perdão, de forma definitiva e absoluta. Todos nós merecemos perdão. "Quem nunca pecou, que jogue a primeira pedra" - disse o primeiro filósofo a ir às últimas consequências com esta ideia revolucionária. A verdade é que pecamos, todos. E nem sempre por mal. Ninguém aqui está fazendo apologia ao erro. Ninguém aqui está fazendo apologia ao preconceito, ninguém aqui está fazendo apologia ao esquecimento. Não: perdoar é muito diferente de esquecer. Coisas distintas. Perdoa-se. O que não quer dizer que se esquece. Não necessariamente. Já perdoei. Muito esqueci. Mas não tudo. Lembrar o erro, tanto o seu quanto o dos outros, é importante para que ele não se repita. O presidente do Grêmio está certo: se esse episódio servir pra abolir definitivamente esse tipo de atitude nos estádios, o Grêmio terá cumprido um papel histór