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Ro meu, Juli êta!

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Ama quando esconde. Revela só pra si. Sopra-se. É vento da alma, sorriso esperança, fé que cura dodói. Limpou os cantinhos da alma, pode mover-se, lubrificada, oleosa clama por um abraço quente. Um de suspiro. Quer que segure suas mãos, quer que aperte firme suas mãos, olhe em seus olhos, afague só com a existência dos sentidos, contemplação mútua, orvalho do querer. Cursor pulsando na folha em branco. Entrega desistência, rendição plena, as máscaras venezianas afundam finalmente em seus canais. De lá nunca deveriam ter saído. O diabo pede pra contar em trovas o sucesso de Shakespeare. Frei Lourenço agora é outro: o veneno do amor é o tempo, senhor do equilíbrio e razão. Que um dia, quando pular da ponte, tenha aprendido finalmente a voar.

Antídoto

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Zapeando a mente, dá de cara com um filme antigo. Um filme assim requentado, sessão da tarde, daqueles que tem cachorro e que faz a gente chorar. O nome do cachorro já dizia tudo. Tinha o herói, afeito a provações, tinha a mocinha princesa, dona do cachorro, digo, do dragão alado, tinha a mãe da mocinha, a dona Rainha, tinha o Rei, tinha tudo. Tinha um palácio ecologicamente correto, com um jardim de tirar o fôlego, com chifre de veado, orquídeas raras, gazebo, piscina, digo, lago, tinha tudo. Tinha uma história bonita a ser contada. Tinha uma história bonita a ser cantada. Daí, música se fez, veio a bruxa, veio o tempo e o mato cresceu ao redor. O príncipe, mais parecido com sapo, não se fez de rogado. Voltou ao palácio e tentou de um tudo, menos o beijo. E a bela adormecida não arredou o pé. Mesmo linda, mesmo pintura, mesmo musa, mesmo sonho, não se fez real. Preferiu ficar dormindo a descer da torre. Nem quando a lágrima palavra tocou seu rosto, escorreu em seu peit