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João Bosco é quem tem razão

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Tenho muito a dizer sobre o Cobra Coral.  Minhas palavras não serão tão impactantes como as de João Bosco, impressionadíssimo com o som afinado e costurado do quarteto, mas vão dizer mais do que sobre o bom gosto que acompanha o grupo. O conjunto, melhor dizendo. Termo mais próprio, levando em conta sua unidade sonora e o zelo coletivo com que elaboram, tecem e apresentam suas tantas qualidades em cena. Já não sei mais se devo ser breve e por isso atingir um número maior de leitores, ou se me detenho mais minuciosamente, com medo de, sendo breve, não deixar claro o quanto a qualidade individual e a soma de suas cores são festa em meus sentidos, e nos sentidos de quem os dá a oportunidade do encontro. Flávio Henrique, Mariana Nunes, Kadu Vianna, Pedro Morais - na ordem da foto.  Do Flávio, posso dizer de suas composições consistentes, seu poder sutil de articulação artística - quem é do ramo pode entender - , sua harmonia elaborada e seu bom gosto estético-musical, pr

Sobre medos e campainhas

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Ontem à tarde, passei no BH Shopping para olhar alguma coisa para o natal. As pessoas já em clima de festa, de compras, a ansiedade de alguma forma no ar. De repente, de roupas vermelhas com detalhes brancos, cabelo comprido, barbas longas e brancas, botas pretas, ele, o Papai Noel! Vinha caminhando lentamente pelo mall do shopping. Me chamou a atenção, tanto pelas duas "noeletes" que o acompanhavam, cada uma segurando um dos seus braços, como também o terço de madeira em suas mãos. Ele vinha lentamente, acredito que se elas não lá estivessem, viria um tanto debilitado. E foi como um impulso. Pensei: acho que não vou ter outra chance! Ele já tinha dobrado a esquina do mall quando eu toquei seu ombro, gentilmente, e o diálogo seguinte se deu: – Papai Noel!, Papai Noel, com sua licença... Ele se voltou, ainda de braços dados com as moças que o acompanhavam, e com um sorriso no rosto me ouviu indagá-lo. – Me desculpe, Papai Noel, mas eu poderia lhe fazer um pedi

Rubi

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quando descobriu que amor era tarde demais quando descobriu que amor era tarde dê mais não há pacote que sustente o vazio há dor por um fio o rito de perder-se pode ser se e somente se se mentir a bordar sem ti mentes nos furos do pano que a linha atravessa as cicatrizes que se colorem marcas vermelhas azuis ama, relas atesta consentido o que o toque apela os pontos marcados pelas linhas que escolhemos traduzem nudez, os nossos caminhos por mais que haja tesoura por mais que haja tempo imprimem-se histórias, bordados, nossa memória há sempre uma linha sem nó a irritar os sentidos solta que sinos desfaz desmancha apaga some quero apagar os caminhos das linhas que se embolaram por traz dos panos desenganos desencantos nus cantos escondidos da linha da vida um dia vou raiar agulha de amor vou conduzir linha de luz e mergulhar no pano do perdão tecendo com gosto o amor verdadeiro que espero ponto que não desata há mar ela a seta desenh

Já à venda

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Já à venda: Livraria Mineiriana Livraria Floriano Livraria Canto do Livro Livraria Usina das Letras Valor: R$25,00 reais. Mesmo valor do lançamento. Aproveite.

De finições ou de iniciações

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Senti que é de perdas, porque acumulou muito É de sobras, porque se doou demais E só tem sobras quem não se guarda em nada Só tem para dar quem nunca se negou E vive do bem e do mal de se entregar. Se entrega permanentemente, mesmo que em vão, para não ficar no guarda-roupa feito roupa de frio em tempo de calor Para não virar mofo em gavetas de sobrevivência Se entrega para não virar passado Quem sabe quantos passos? Quem sabe se não foram nos passos perdidos que se encontrou? Quem sabe se não foi ao se perder que se capturou?  Quando você planta muita estrada pelo caminho É natural que colha algumas lições. São nas passadas que imprimimos nossa marca. Ás vezes, os rastros são de asas em vôos que inventamos na viagem Por outras, deixamos palmos impressos no chão, Trechos percorridos Passo a passo, como convém a quem anda todo dia. E anda todo dia atrás do seu próprio sonho sem parar. E aprendeu a amar a estrada, a viagem, a caminhada. Fo

Voo

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Quando cheguei a Santiago de Compostela, em 2009, imaginava que meu segundo livro seria sobre o Caminho. 80 páginas depois, descobri que não. Que ainda havia muito a caminhar para que esse livro fosse escrito. 2012: dia primeiro de novembro, dia de todos os santos, dia do lançamento de V ENTE, meu segundo livro, esse de poemas. Uma emoção muito forte toma conta de mim. Dois meses antes, recebo um email que mudaria tudo, que me indicaria um novo caminho a seguir, o Caminho do Coração. O lançamento de V ENTE foi muito bacana. Até o final dessa semana, ele chega a algumas livrarias de Belo Horizonte: Floriano - Av. Cônsul Antônio Cadar, 147, Santa Lúcia. Livraria Belas Artes - Café Belas Artes Liberdade, R. Gonçalves Dias, 1581, Lourdes. Canto do Livro - Ponteio Lar Shopping. Mineiriana - Rua Paraíba, 1419, Savassi. Livraria Ouvidor Savassi - R. Fernandes Tourinho 253, Savassi. (por enquanto!) E até o momento, 310 livros vendidos, o valor dos 500 livros doados ao Novo Cé

Alinhavando Histórias

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Meu pai é o décimo quinto filho. Se criaram doze. A mais velha dos doze, Tia Milita, teve doze filhos. Quando meu pai nasceu, ele já tinha, portanto, dois sobrinhos. Do lado da minha mãe, são quinze netos, contando comigo e minha irmã. Do lado do meu pai, acredite, são cinquenta e quatro netos, a terceira geração de Vô Marú e Vó Fifide. Já estamos na sexta geração, me parece, a contar de meu avô e minha avó. São muitas histórias de uma família interessante que tem no encontro sua principal força. Alguns "desafetos" declarados, é verdade, mas a maioria absoluta se dá bem (também, são tantas pessoas!!!). Eu, pra dizer a verdade, só não gostava de uma pessoa. Mas essa pessoa já foi nessa, que Deus lhe guarde. A vida é assim: uns partem outros chegam. E nós, na plataforma, alinhavando histórias. Pois foi justamente esse nome escolhido pelas mulheres da família pra criarem um grupo no Fakebook . Nele, seguem as fotos, comentários, curiosidades, chats sobre a nova propo