Conto Contemporâneo
Ele: – Você me achou... Ela: – Não foi tão difícil assim. Ele: – Foi sim . ... Esse é um fragmento de um conto de fadas contemporâneo, que utiliza uma fórmula manjada. No filme HULK, o cientista Bruce, animal por natureza, é domado pela força da bela, pelo sutil da fêmea, pelo amor, pela entrega. Depois de se render ao seu lado animal e fazer merda com força, Bruce (HULK) se vê cercado. Por si. Pelos que o odeiam. Destruiu tudo por onde passou, fez inimizades. Seu rastro de estragos foi grande. Só ela acreditava nele. Só ela era capaz de ver o que existia por trás da agressividade, da montanha de músculos, da enormidade bestial que era a carapuça de HULK (Bruce). Ela, só ela. Depois de estragar com Tudo, a simples visão que ele teve dela faz com que se entregue. De alguma forma, não aguentava mais. Era muito pra ele. Talvez fosse só isso que aguardava: vê-la. Reconhecê-la. Penso no olhar de amor. Que vê e reconhece o que há por detrás do erro. Penso no olhar do amor