Inteiro
É como à tarde, em praia. É como ver o mar, absorto. É ver-i-ficar passivo, contido, sentindo apenas a sua respiração que vibra com o mundo inteiro. Inteiro. Ondas que molham a areia que seca. Os peixes, todos, estão lá, mesmo sem vermos. Peixes que brincam nos meus sonhos de menino. Mais reais que os peixes reais que estão lá, mesmo sem vermos. Peixes que fazem festa nas profundezas da mente. Sente. Coloridos, tamanhos variados, olhos esbugalhados. Peixes. Quero ser um São Francisco do mar. E que os peixes, e as borboletas, pousem em meu ombro enquanto sonho acordar.