Dois mil e jazz
Novas matizes vão surgindo, enquanto me encho de cores. São cores de todo o tipo. Cores cheirosas, cores azedinhas, cores agridoces, cores quentes, cores dores. Cores respiro de mim, banho de satisfação. Passei o reveillon em meio às cores tantas que conheço, que dançam no ano jazz, como diria um peregrino amigo meu, e convidam pro baile. Dançe com as cores. Faça amor com elas. Ouça seu ritmo, encontre a frequência frenética daquela que te diz tudo. E aceite o gosto e o desgosto como parte emocionante da caixa de lápis de cor. Tenho uma foto em jornal, do arco-íris mais lindo que houve em Barcelona. Neste dia, nesta hora, no meio círculo completo que se inscreveu no céu, chamando a atenção, eu chegava naquela cidade colorida. Lembro de olhar na janela e ver o avião passando agradecido por baixo do arco-íris pós tempestade. E ver a foto, do momento, à cores, no dia seguinte, inusitadamente... Na foto, nas mãos, o violão mágico que toca cores, do violonista e violeiro brasiliense que nas