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Quer correr 5 km comigo?

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Droga. Que merda. Essa porcaria tinha que estragar justamente agora? Bom, vou ter que correr sem música. Acho que vou cantando mesmo...  se os frutos produzidos pela terra/ ainda não são tão doces e polpudos como as pêras/ da tua ilusão/ amarra o teu arado a uma estrela/ e os tempos darão/ safras e safras de sonhos/ quilos e quilos de amor/ noutros planetas risonhos/ outras espécies de dor/ uôuô uô uôuô ô... saco. Hoje não tô a fim de cantar. Nuh, que vento. Ué, quem que é essa menina? Bom, 140, acho que vou manter os 140 mesmo, ontem eu corri 12 km, vou ficar no 140 e correr 10 mesmo. Êba, a curvinha do sol. Putz, todo passeio de Belo Horizonte deveria ser igual ao dessa esquininha da rua Prof. Raimundo Cândido com João Antônio Azeredo. Adoro esse pedaço de rua. Adoro a cara dessa casa. O dono deve ser gente boa. Ôpa, campo minado. Hum... essa época do ano o sol não bate essa hora nessa subida da Zuzu Angel. Deixa eu dar um gás pra ver se animo. Ué, que horas será a missa hoje?, o po

Quetoquemtodasasmúsicasdeamordeumasóvez

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Preciso escrever é algo é o dia de hoje devo saber coisa alguma sobre como abrir a porta do carro escrevo comentários a partir de rosas vermelhas colombianas ouso digitar sugerir à amada em meu coração e usa capuz vermelho porque quero explicitar pregar etiquetas selos e preços das coisas todas nos armários da cozinha na parede em qualquer lugar resolvo mentir encontrar as letras certas para as palavras erradas ficar de cara para o espelho que mostra meu peito batendo mais forte no encontro e ela sabe e ainda assim fugir porque me mandaram fugir já que ela não me quer mais por perto por longe por certo reclamo que não há saída se não há entrada sei que é só você e só você que faz com que eu entre em pânico e seja ciumento com medo de perder o que já perdi e sei que a batalha já está declarada quando se tem medo da luta e o sorriso e o jeito de me olhar e as dúvidas e os cabelos do braço e o som de você respirando deitada e dormindo e a descoberta de que tudo o que eu queria era ficar d

LanTERNA.

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Não é obrigado. É só se quiser. Ela quer . E está comigo sem motivo, de longe , de perto , de sonho , de certo . Encontra motivo em si, resolve o motivo em mim, e faz sonhar... Coloca a cabeça no colo, dorme. Coloca a cabeça no colo, acorda. Esconde a desculpa e atravessa sem culpa o medo, o frio, o escuro. Noturnos de nós, que escutamos a noite, escuros de nós, que clareamos os sentidos. Avessos de nós, que escutamos os defeitos, sem jeito, e estamos , somos , atravessamos ... Fada madrinha do encanto de mim, me anuncia! Carta esperada da notícia sem fim, me alivia! Aparece, espelho da noite, e me toma no sono, me convida a bailar... me com vida ... E escuta, e antecipa!  Rompe corda, salta verbo, cresce certo e resolve.  Maravilhosamente clara. Eu sei . foto Daniel Mansur  https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifWxzCHaH2Cev_BafD_7o0QEGj1VsKmh5uPM6BZ2tkdSqSqKYRcSnzy4hFMvUvR1GkPEf0gmtn5BU9uLB89PLk_nSKjngzeEx5smA9_7RKcqHMLzdbaysxdl6wpB4X3_4q-_qEpyRXF64/s400/DSC_344

Calo.

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Silêncio.  Oh, único modo de ouvir. Silêncio, o modo único de sorver. Silêncio: sorvete da alma que derrete. Só resta o nó que nos aquece, só fala o hiato em dó, menor... - Silêncio, estou tentando pensar. - Silêncio, estou tentando escutar. - Silêncio, está difícil de ouvir. Me escuta, eu já não sou mais palavras. Me ouve, eu não sou só mais discurso. Me grita, silêncio de mim, me cala. Me calo, e dói quando calo. Eu falo: silencio em mim quando falo. Se lê no som do vazio o oco de mim que anuncio.  Sim, silencie.  E escute, enfim, o que quero tanto dizer. Silencie. E escute o que quero tanto, tanto, tanto. Diz ser...

Continue escrevendo.

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A vida é como uma cartinha para o papai-noel. Não serve pra nada. Mas é só escrevendo que ela existe...

Sobre o silêncio constrangedor.

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Branca, do blog http://scriptmanent.blogspot.com/ me desafiou com um tema instigante: escrever um texto pro blog em prosa sobre isso. O que ela chama de "silêncio constrangedor". Eu disse, tudo bem. Mas você vai ter que escrever um poema então sobre o mesmo assunto. Foi quase um desafio de buteco. Se fosse, eu e Branca estaríamos tomando uma bela de uma cerveja com um torresmo de barriga. Apesar desse desafio não ter sido num buteco, acho que eu soube no ato do que ela falava... aí vamos. É como uma pausa na vida. Um caso a se pensar. Um enigma, uma crença, um sopro .  Lulu Santos ontem pegou carona comigo, descendo a avenida Nossa Senhora do Carmo. Ele me disse: "-... o poeta é a pimenta do planeta ... ". ... Está vendo os três pontinhos acima? Esse é o silêncio constrangedor. Foi o que eu disse ao Lulu quando ele mandou essa.  Sabe, acho que  o silêncio é um discurso . Um dos meus mestres zen favoritos, Guimarães Rosa, já postulou: " você sabe o que o silênc

À mesa com Mme Lullu.

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Mme Lullu, tire os óculos. Eles não mais te servem. Acredite, você enxerga melhor sem eles. Veja bem, veja de novo, o espelho não mais serve de parâmetro.  Lave as mãos, descanse os braços. Por mais esticados que estejam, eles não alcançam a terra natal. Bata as asas, dê aquele passo, feche os olhos, inspire e expire fundo, forte, grite. Qualquer coisa, mas olhe à sua volta. Tantos castelos, tantas plantações, tantas colheitas, tantas videiras, tantos sorrisos amigos. Tantas são as uvas da sua fantasia... Mas o vinho está ali, servido. O queijo, a crepe, o dendê. O churrasco, o chimarrão, a moqueca, o frango com quiabo e até... sei lá, ... paella??? A mesa farta tem seus desafios.  A escolha e a renúncia, Mme Lullu: - banquete. Banque-te.