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Trova do Soalheiro

Vale entrar no site do Máximo Soalheiro: http://www.soalheiro.com.br/livro/index.html Ontem, eu e alguns amigos estivemos presentes em mais uma abertura de forno... Já deve ter uns 15 anos que vi pela primeira vez. Mais de 3.000 graus e, como bola de fogo, encantando os adãos de plantão. A costela que meu amigo Máximo extrai de cada peça é sonho nos olhos de quem as vê... Trova do Soalheiro Barro, matéria prima do máximo alquímico ser. Ser, prima matéria do meu amigo querer.

Saldade, tempero da vida.

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Tenho recebido uns feedbacks interessantes sobre o blog. Não só os que você pode ler, os comentários. O mesmo número de comentários, ou mais, me são dados por email, ou pessoalmente. Que bom. Hoje aconteceu isso. Uma aluna minha, do sexto período de Publicidade e Propaganda veio até a minha mesa:  - Professor, viu meu email? (acho que ela não sabe o meu nome) - Sobre o blog? Vi., respondi. Mas o email só não bastava. Era preciso dizer da saudade, da importância da saudade, da importância do texto " Perto Longe " e do sentimento que ela tinha quando pensava sobre isso, sobre a perda do seu pai, da importância lancinante da saudade... Ela começou a falar e a torneirinha dos olhos se abriram.  Ela: - é difícil falar. Eu me lembro como se fosse hoje, sabe?  Ela me contou que seus pais não haviam casado no religioso, só no civil. E que o sonho do pai dela era se casar com a mãe numa cerimônia. (O poder do rito...) Sabe o que houve? O pai dela realizou seu sonho e faleceu uma se

Anthonio, musicamente.

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Se tem uma coisa que faz a gente transcender, essa coisa é a música. Eu já disse: "a música é o sonho da palavra." E quando tem alguém ungido navegando pelos mares desse sonho, só nos resta fazer reverência: - - Vai nessa, Ulisses! Anthonio é esse trovador. Anthonio faz amor com a música, encantado pela palavra, sabedor dos sons, dos dons, das dores e cores. Mergulha fundo nas águas encantadas do canto, seu manto, capa de herói. Sou seu fã-irmão-parceiro eterno. E quem for audaz e corajoso o suficiente pra saber do que estou falando, que o veja cantar e encantar amanhã no Parque Municipal, no palco próximo ao Palácio das Artes... Eu omito. Mas não minto.

1979, 1984, 1988, 1990

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Adoro bisbilhotar meus escritos antigos...  Esse da foto, 1979 .  Os que transcrevo abaixo, de 1984, 1988, 1990: 1984 "O arco-íris do amor revela em seus traços singelos a cor da ternura." 1988 "A arte do teatro não é nada mais que a representação da vida através do sonho, da ilusão fantástica. Quem faz teatro não é só fantástico. Faz parte do sonho de alguém." 1990 Saída pela porta de entrada "Existir é o dom de ter o rivilégio perante outros que ficaram a se debater, para morrerem ao entardecer. Descobrir a vida e sentir a emoção do desconhecido, do verdadeiro e primeiro medo, diríamos mais tarde.  Sufocamos então a descoberta para nos valermos da primeira experiência. E com ela, aprofundaremos a mesma... Sim, reviver, por nós mesmos um e o outro, os dois. Ensinar, dar sustento, envolver! É chegada a hora de esperar, voltar a ser criança e brincar de ser a árvore frondosa, aconchegando os pássaros depois da tempestade. Oscilar de acordo com o vento e ser semp

é...

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Disca aí no telefone e pergunta se tem creme rinse. Eu já vou comprar a fita k7 e o dente frício, aproveito e compro, antes de passar na locadora pra pegar o tal vídeo ótimo que você me indicou.  Jóia esse Aquaplay hein?   Massa.  Vou indo. Ainda tenho que bater uma carta pra enviar pra uma amiga minha que tá fazendo residência na França...

As contas coloridas da menina

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Salva-vidas. Comigo foi assim: este olhar me buscou muitas vezes. Olhar carinhoso, olhar que diz da esperança, que ouve o novo, que sente o perfume do nascimento, que toca a pureza, há ainda o que descobrir, sementinha na terra molhada. Revela as possibilidades da vida, pinta de gargalhada até dar dor de barriga. São as contas coloridas, você vai dizer... humm, não... as contas coloridas perdem a conta no entendimento e a sutileza da poesia toma conta, revestida de criança, bocejo de Deus numa tardezinha de sol com um ventinho brando nas copas das árvores. São os olhos da bárbara menina que encantam a gente.  É do que fala a música " Lente do Amor " de Gilberto Gil. Quem aí já virou criança no colo de uma criança, levante a mão. Dou um algodão-doce pra quem contar estrelas essa noite e não se esquecer se deitar com o papai do céu ...

Duque Honey Glow

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Posso começar com um beijo. Ou um sonho. Ou uma noite escura de junho, ou mesmo com um amigo fiel que esconde a mentira, não diz a verdade, se envergonha com o fato de ser assim, ou assado, enfim, posso começar até com a história do Duque, meu collie vermelho marchador. Junho. Era junho, próximo à metade do mês e o frio não gelava os ossos, não esquentava com a coberta e nem mesmo aproximava as pessoas ou deixava todo mundo mais chique, como minha mãe gostava de dizer. Todos poderiam vestir marrom, preto, longos vestidos, longas horas, mas simplesmente escolhiam deixar viver, deixar passar, deixar sofrer, deixar, apenas. É. Melhor eu começar com o Duque, mesmo. Menos dramático. O Duque era um cachorro muito elegante, aliás. Quando havia festas em minha casa, saraus, aniversários, jantares, encontros e desencontros, o Duque sempre demonstrou ser o elegante que era. Ele tinha uma história de afinidade com o bairro, com as crianças da rua, com o muro de pedras cinzas que ficava na parte d