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Preciso mostrar a língua?

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Os modernos já usaram “vou bater um fio pra você”. “Disca pra mim”? Era usual. Há 150 anos, praticamente, não existia o telefone no mundo. Hoje, praticamente, ele também não existe mais. Não, não existe, praticamente. Existe a função de ligar para outra pessoa em um dispositivo, mas quase não se vê mais o telefone telefone. Dispositivos móveis. Poderiam muito bem ser chamados de computadores de bolso. Porque nem telefone de bolso são mais, bem da verdade. E, sem falar nas outras funções, a função híbrida, o contato de voz, o de imagem, o de voz e imagem, o de texto, o de texto e voz e imagem se misturam e se completam, recadamente falando, cutucalmente existindo. Presencialmente virtuando-se. Aliás... Virtual ou virtuoso? Máscara social, muleta semântica, válvula de escape, encontramos um modo matemático de resolução da ubiquidade. Me lembro de Santa Clara. Que virou santa (também) porque, entre seus milagres, a visão do que acontecia com São Francisco em outro lugar, quando ela não

O Desatino de Deus

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Quando nascemos, Deus nos coloca no mundo com um destino: descobrir as três músicas que vão fazer parte de nossa vida, que vão contar em versos ou em melodia a nossa história, que irão fazer carnaval com nosso arquétipo, que virão definir nosso Caminho. Três apenas. Quando nascemos, Deus nos coloca no mundo com um destino: descobrir as três pessoas que vão fazer parte de nossa vida, que vão contar em versos e transformar a nossa história, que irão fazer carnaval em nosso arquétipo, redefinindo Caminhos, colocando-nos à prova ou nos salvando, simplesmente, da total perdição. Quando nascemos, Deus nos coloca no mundo com um destino: descobrir os três livros que vão ser parte em nossa vida, que traduzem em segredo os versos da nossa história, que são alegoria em prosa e verso do arquétipo que somos, pergaminho do nosso Caminho, testamento, epitáfio. São três as músicas do meu destino. Três as pessoas do meu Caminho. Três os livros que me revelam em palavras. Agora falta pouco.

Storm

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Resolvi tomar banho. Mas não foi um banho assim compromisso, um banho assim o que eu vou fazer depois, um banho assim que roupa que eu vou usar quando eu sair daqui, um banho assim o que é que eu faço com relação a x, y ou z. Foi um banho banho. Daí, peguei a vela, coloquei na lanterna marroquina, acendi, ascendi, desliguei a luz, desliguei o ego, liguei o ipod no mantra de renascimento que ganhei de um amigo mestre e fui ter com a água a certeza do encontro. Lá, no breu clarividente da mente silenciosa, que escorria perdão e pequeninas sujeirinhas do dia-a-dia, limpei-me. De olhos fechados, pude ver o cheiro do sabonete, o molhado da água, o quente que me envolvia acalanto, embalando meu desejo de renovação. Tudo foi embora. Nada ficou. Nada ficou limpo, límpido, nítido, brilhante. Alegria efusiva. Estava acompanhado do bem que me quer bem. Decidi lavar seus cabelos. Seu corpo, seu jeito, seu sem jeito. Nos lavamos, lafomos e, ao final, chegamos-nus