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Mostrando postagens com o rótulo #sonho

A gente só quer um abraço, Dave Grohl.

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Você conhecia Cesena? Eu ia perguntar se você conhecia o Foo Fighters, mas aí eu fiquei com medo da resposta. Engraçado isso. Na faculdade, uma amiga começou a namorar um cara e fomos passar o final de semana no meu sítio, esquema casais. Vinho vai, vinho vem, sou surpreendido com essa pérola que regurgitou da garganta do porquinho: – “Elis Regina? Quem é essa dona?” Minha taça quase caiu, em ato de estupefação preconceituosa. Sim, acredito que somos assim. Muito preconceituosos. No meu caso, devo dizer, meus preconceitos são de outra ordem que não os mais comuns, passíveis de penalidades na legislação. Ainda assim, dignos de serem trabalhados. Por que cargas d’água eu deveria achar que todo ser humano habitante do Brasil com idade (hoje) de 40 a 45 anos, tem obrigação de conhecer, ou pelo menos ter alguma referência sobre Elis Regina? Me lembrou aquele ato preconceituoso contra o Zeca Camargo - um apresentador da Rede Globo - que fez uma crítica à comoção

Eupelúcia

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eu no aniversário de minha filha Talvez a obra "Ursinho Pimpão" seja considerada ainda um Clássico da Humanidade, ao lado da Nona Sinfonia de Beethoven, Suite Quebra Nozes de Tchaikovsky, Primavera de Vivaldi ou A Flauta Mágica de Mozart. Talvez a Ode Ursinho Pimpão seja ainda por mestres do cordel recitada, receitada por psiquiatras lacanianos, palavra por palavra, acorde por acorde, me acorde, para acordar pais, e mães, mestres, discípulos, hunos, bascos, unicórnios, elfos, fadas. Por quê?  Porque precisa. Porque preciso. Porque não dá mais mesmo pra viver num mundo sem Ursos, sobretudo os Pimpões. Sabe, os pais são ursos. Eu, o Pimpão de minha filha. Enquanto (eu ia escrever "quando") falto, ela me coloca Pimpão no lugar. O eupimpão pega então sua mão, e a conduz pro lugar momentum sonho, pro espaço tempo do amor afago. Eupelúcia choro. Eupelúcia escuto. Eupelúcia sofro dores indizíveis, vítima da impotência da culpa paterna, a e

Código Morse

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Morro de amores. Montanha, mesmo. Talvez cadeia. Cumes. Picos. Amar não tem sido um verbo muito conjugado. Talvez amar venha sendo conjulgado. Réus algozes, tribuna de todos, juízes facebookiânus que jogam pimenta refresco. As mazelas da convivência digital. O desrespeito social. O limite, quando virtual, deixa de ser físico, palpável, táctil. Con-fundem-se liberdades. Con-fundem-se fronteiras. O romantismo do Rouba-bandeira mora na infância. Lá, sentidos. Fui postar um coração numa foto. O carinho dos meus dedos na tecla nunca se fizeram sentidos. O toque nos cabelos da menina não exalaram perfume. Os beijos no rosto não molharam o tempo. A banalização do afeto diminui o significado do encontro. E, triste, escrevo no blog: "morro de amores". *imagem: mantiqueirista.blogspot.com

Um dia atípico

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Ontem foi um dia atípico. Às 21h paramos na avenida do Contorno, logo após a trincheira para comer um sanduíche. De lá, eu ficaria no Hospital Felício Rocho para dormir com meu primo que fez uma cirurgia. Decidimos parar ali  pra que eu comesse algo porque ficava mais fácil, mais simples, é bem próximo ao hospital.  Antes de fazermos o pedido, o comentário do atendente: –Quebraram o vidro do carro preto do outro lado da rua. Estão levando uma mochila. Saí em disparada atravessando a avenida entre carros acompanhado do motoboy da lanchonete: –Vai por aqui que eu vou por ali! Bom, levaram meu computador pessoal. Todos os meus arquivos de áudio dos últimos 5 anos. Levaram as primeiras páginas do livro novo, que demorei 8 meses pra conseguir encontrar a forma de escrevê-lo, levaram a apresentação da palestra que eu darei hoje e que demorei também 8 meses pra que ficasse pronta. Não, não havia backup dessa palestra, ontem era sua finalização, hoje eu faria o backup. Curi