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Pare, olhe, escute

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Encontrei essa foto compartilhada pelo querido amigo meu e das letras e dos sonhos, Fernando Fabbrini. Ela veio a calhar. Na verdade, encaixou como dedo no nariz. Estou farto. E não é de comida. Os Titãs é que estavam certos. A gente não quer só comida. Ouvi a discussão de um casal e isso me deixou intrigado.  Ela: – Porque eu sei que você já teve um relacionamento com A, B e C. Eu pesquisei (no google, claro) e descobri que fulana, beltrana e cicrana blablablá, ticotico, nheconheco.  Aliás, acho que ela falava mais do nheconheco. Ele: – (       ). Fiquei pensando: sou antigo. Eu era do tempo em que essa pesquisa era feita no tête-à-tête, na pergunta e resposta, no olho no olho. A verdade era verificada na palavra. Mas não na palavra escrita na tela do computador por sei-lá-quem. Porque o olho no olho importava mais. Porque o olho no olho tinha mais valor. Talvez você já tenha presenciado a seguinte situação: uma pessoa quer lembrar algum nome em uma mesa d

Para Yulia Lipnitskaya e Beatriz de Castro Maia e Sant'Anna

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Clique na imagem. Por gentileza, assista o link acima antes de ler o texto: Yulia, somos gratos. Todos. Posso dizer do seu seu vestido vermelho, significante em consonância com o signo vermelho utilizado por Steven Spielberg em seu filme "A Lista de Schindler". Posso dizer da música de John Williams enquanto berço, onde nasceram os movimentos de dor, o bailado de redenção, a coreografia de transformação da tragédia. Posso dizer do filme de Elem Klimov, também da Rússia, "Vá e Veja"( trailer - um dos filmes mais fortes que vi ) que retrata belamente a tristeza o que você retratou em dança. Mas fico pensando se devo. Fico pensando que deve, em algum ponto, existir em seu DNA de menina de 15 anos, um resquício de história, um pilar escondido que é cerne de seu equilíbrio, que lhe faz resiliente a ponto de trabalhar a queda de toda a humanidade com tamanha redenção. Você não viveu os horrores da guerra. Vive, ainda, acredito, seu saldo. Me lembra o me