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Surpresa

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Trabalhando. Ando três quarteirões até o restaurante onde almoço. Quando estava a três passos do restaurante, me deparo com uma amiga, grávida de sete meses, hospedada no mesmo local. Ela carrega compras. –Deixa eu lhe ajudar. Eu disse. –Mas você não vai almoçar aqui? Você vai voltar lá e levar as compras pra mim? –Sim, qual o problema? –Só acho que você vai fazer papel de bobo. –“Papel de bobo”?!? (Eis o título do post) –Sim. Não preciso que você volte três quarteirões. Eu estou grávida de sete meses, não estou doente. –Eu sei que você não está doente. Está grávida. Não achei que isso seria “papel de bobo”. Achei que seria uma delicadeza. –Então tá: se você quiser andar nesse sol, carregando essa sacola pesada pra mim, por três quarteirões, pra depois voltar pra esse mesmo lugar, fique à vontade... Fui. Chegando: –Vem cá, deixa eu lhe agradecer! (querendo me dar um abraço) –Não precisa, não fiz nada demais. Só estava fazendo o meu “papel de bobo”. Caminhando de volta ao rest

Tempero pro fim de ano

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As festas de fim de ano estão na área. Se derrubar é penalty. Já está tudo o olho da cara. Das viagens, das passagens aéreas às estadias, tudo um horror. Os brasileiros descobriram o valor que damos às festas de fim de ano e o turismo abusa. Abusa muito. O valor triplica no final de ano e há jacu que pague. O Brasil vai mal, obrigado. Aliás, não é obrigado, é só se a gente deixar. Mas a gente deixa. É mais caro ir visitar minha filha em Recife do que ir pra Miami. É mais caro ir pra Manaus do que pra Lisboa. Mais caro ir pro nordeste do que pro Caribe. E assim o Brasil quer que o Turismo gere riqueza. Fui 7 vezes a Europa e não conheço Pipa. Fato é que damos muito valor para o reveillon, por exemplo, e não há essa comoção toda mundial pela passagem do ano. Já passei reveillon em Paris, na Torre Eiffel. Nem de longe emociona como Copacabana. Pra mim, uma verdade inquestionável: as companhias fazem a alegria (não as aéreas). Independentemente de estar em Mateus Leme, Goiânia, Barcelon

Storm

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Resolvi tomar banho. Mas não foi um banho assim compromisso, um banho assim o que eu vou fazer depois, um banho assim que roupa que eu vou usar quando eu sair daqui, um banho assim o que é que eu faço com relação a x, y ou z. Foi um banho banho. Daí, peguei a vela, coloquei na lanterna marroquina, acendi, ascendi, desliguei a luz, desliguei o ego, liguei o ipod no mantra de renascimento que ganhei de um amigo mestre e fui ter com a água a certeza do encontro. Lá, no breu clarividente da mente silenciosa, que escorria perdão e pequeninas sujeirinhas do dia-a-dia, limpei-me. De olhos fechados, pude ver o cheiro do sabonete, o molhado da água, o quente que me envolvia acalanto, embalando meu desejo de renovação. Tudo foi embora. Nada ficou. Nada ficou limpo, límpido, nítido, brilhante. Alegria efusiva. Estava acompanhado do bem que me quer bem. Decidi lavar seus cabelos. Seu corpo, seu jeito, seu sem jeito. Nos lavamos, lafomos e, ao final, chegamos-nus