Postagens

Mostrando postagens com o rótulo #beijo

Saliva

Imagem
De repente, volta. De repente, encanta. De repente, cheia, de repente, vazios. De repente em repente, rimas. Trovas. Trovoadas. Nuvens negras e solidão. Call, Marias. São muitas as mulheres desejo, são poucas as mães cuidado. São vítimas delas mesmas, são sós, mesmamente alones, alines, lucílias, letícias, lúcias, leilas, lauras, lindas, loucas. Os dias passam sem charme quando a paixão tira férias. Deus está no cantinho, explicou pra elas. Daí, viram a borboleta. Daí, viram moça. Daí, viram de bruços. Daí, rumores, humores, amores, sabores. O tempero da paixão está sob o travesseiro do dia a dia. Pro cure. E o dia lambe o tempo preguiçoso, como se não esperasse a noite chegar pelada.

Antídoto

Imagem
Zapeando a mente, dá de cara com um filme antigo. Um filme assim requentado, sessão da tarde, daqueles que tem cachorro e que faz a gente chorar. O nome do cachorro já dizia tudo. Tinha o herói, afeito a provações, tinha a mocinha princesa, dona do cachorro, digo, do dragão alado, tinha a mãe da mocinha, a dona Rainha, tinha o Rei, tinha tudo. Tinha um palácio ecologicamente correto, com um jardim de tirar o fôlego, com chifre de veado, orquídeas raras, gazebo, piscina, digo, lago, tinha tudo. Tinha uma história bonita a ser contada. Tinha uma história bonita a ser cantada. Daí, música se fez, veio a bruxa, veio o tempo e o mato cresceu ao redor. O príncipe, mais parecido com sapo, não se fez de rogado. Voltou ao palácio e tentou de um tudo, menos o beijo. E a bela adormecida não arredou o pé. Mesmo linda, mesmo pintura, mesmo musa, mesmo sonho, não se fez real. Preferiu ficar dormindo a descer da torre. Nem quando a lágrima palavra tocou seu rosto, escorreu em seu peit