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Mostrando postagens de abril, 2018

Medo

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Heuje, caminhando para o mercado central, chorei duas vezes.  Não há medida para saudades. Minha incompetência aposta corrida com o desejo de mudança e vence a disputa. Sou um juiz forjado no tempo. Minha ganância moldada pela cultura católica, minha ira sufocada pela doçura de minha mãe, minha revolta domada por toda leitura.  A mansidão amainou a tempestade. Gelei-me. Não penso mais em zarpar, não mais em saltar, minha espada, embainhada, enferruja com o pranto dos momentos de solidão profundos. Colhi as velas no mar aberto. Me sentei no calado do barco, no calado da vida, nu, calado Davi. A soma dos pesos não permite balanças. Quando distar-me terei ido. Findo, derrotado e re-partido. As chagas do berço dóem cicatrizes húmidas. Os queijos caros e premiados que comprei no mercado central tem fungos invisíveis.

Como com viver sem.

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não canso de me querer escrever iletrado, tenho colecionado silêncios em mim, de finições e recomeços, ex-cutas zelo substantivo, zelo verbo:  a etimo-elegia do ciúme pedra fito, zentimento,  o eusquecer universamente o cheiro da minha filha  é mesmo o tsunami do Cosmos.