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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é?

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É... Saudade do tempo em que o Zezé do Carnaval era o da cabeleira, não o do Pó Royal. Quando me vestia de bermuda, tênis, camiseta, pegava um troco com minha mãe e ia pro Minas I, de ônibus, brincar no baile. Voltava à pé. Ou ficava horas no vazio ponto de ônibus, no escuro, esperando a condução. Hoje, na frente do Hospital São Bento, tem o bloco dos Irmãos Metralha, na descida na Nossa Senhora do Carmo tem o bloco do Al Capone, no Gutierrez tem o bloco do Ali Babá e os 40 ladrões, no Santo Antônio tem bloco o ano inteiro dos “Carangos e Motocas” e o bordão “Eu te disse, eu te disse!” não é mais dito por uma motoquinha com cara de boboca. É por alguém que já caiu no esquema do assalto relâmpago, do sequestro relâmpago, do motoqueiro relâmpago. Sem falar no bloquinho da Serra do Cipó, onde o carnaval pega fogo, e no carnaval da periferia, onde é samba de roda o ano inteiro. Top-top. Põe na roda e seja o que Deus quiser... tadinho de Deus: brasileiro, queria um samba-exalta

Ela e sua marcada cara bonita

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Não sei bem aonde vamos chegar. Sei a onda que aí está. Tenho birra de certos "novos costumes" que vão se firmando, em detrimento às escalas de valores, que não se sedimentam no Brasil, acredito, por falta de cultura.  Sou menino e sou velho.  Velho a ponto de acreditar que devemos respeito aos mais velhos. Que devemos dar nosso lugar a mulheres, senhores, senhoras, grávidas. Acho que machismo é confundido com cavalheirismo, muitas vezes, e muitas vezes por pseudo-feministas de plantão, que não tem peito pra queimar soutien . Gosto de abrir a porta do carro para minha mãe, minha namorada, minha filha, meu pai, minha amiga. Gosto de cozinhar, gosto de unhas bem feitas, gosto de cuidados. O fato do meu escritório ser uma completa bagunça não diminui meu interesse pelo cuidado, pela cama bem feita, pelo mimo significante, significado "eu olho por você".  Sou assim. E me preocupo com a importância que é dada ao falso reconhecimento gerado pelas redes s

Para Yulia Lipnitskaya e Beatriz de Castro Maia e Sant'Anna

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Clique na imagem. Por gentileza, assista o link acima antes de ler o texto: Yulia, somos gratos. Todos. Posso dizer do seu seu vestido vermelho, significante em consonância com o signo vermelho utilizado por Steven Spielberg em seu filme "A Lista de Schindler". Posso dizer da música de John Williams enquanto berço, onde nasceram os movimentos de dor, o bailado de redenção, a coreografia de transformação da tragédia. Posso dizer do filme de Elem Klimov, também da Rússia, "Vá e Veja"( trailer - um dos filmes mais fortes que vi ) que retrata belamente a tristeza o que você retratou em dança. Mas fico pensando se devo. Fico pensando que deve, em algum ponto, existir em seu DNA de menina de 15 anos, um resquício de história, um pilar escondido que é cerne de seu equilíbrio, que lhe faz resiliente a ponto de trabalhar a queda de toda a humanidade com tamanha redenção. Você não viveu os horrores da guerra. Vive, ainda, acredito, seu saldo. Me lembra o me

O Desatino de Deus

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Quando nascemos, Deus nos coloca no mundo com um destino: descobrir as três músicas que vão fazer parte de nossa vida, que vão contar em versos ou em melodia a nossa história, que irão fazer carnaval com nosso arquétipo, que virão definir nosso Caminho. Três apenas. Quando nascemos, Deus nos coloca no mundo com um destino: descobrir as três pessoas que vão fazer parte de nossa vida, que vão contar em versos e transformar a nossa história, que irão fazer carnaval em nosso arquétipo, redefinindo Caminhos, colocando-nos à prova ou nos salvando, simplesmente, da total perdição. Quando nascemos, Deus nos coloca no mundo com um destino: descobrir os três livros que vão ser parte em nossa vida, que traduzem em segredo os versos da nossa história, que são alegoria em prosa e verso do arquétipo que somos, pergaminho do nosso Caminho, testamento, epitáfio. São três as músicas do meu destino. Três as pessoas do meu Caminho. Três os livros que me revelam em palavras. Agora falta pouco.

CHUVA

CLIQUE AQUI  A Chuva está aí. O que não está, mas pode voltar,  é a sua capacidade de se maravilhar com ela toda vez que ela vier.

eu tinha muito a dizer

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Hoje, tentei, sem sucesso, falar com minha filha.  Ela não quis falar comigo.  Dizem que criança aprende com o exemplo.  Só estudei um semestre de lógica no curso de Filosofia.  Vai aí o que eu gostaria de lhe dizer hoje, Beatriz: Filha,  quando você tiver quarenta anos, quais serão suas questões? Será que você já vai ter filhos? Será que terá constituído família? Será que família ainda será uma instituição como nos dias de hoje? Será que a valorização da família vai ser novamente importante? Ou será que não, que não existirá mais tal coisa, será que também a igreja, a crença, a fé, as virtudes terão mudado a tal ponto que não daremos mais valor aos pais, aos filhos, aos irmãos? Será que o conceito de humanidade vai sobrepor o conceito da família, tornando-nos todos partícipes da raça humana de uma maneira fraterna e igualitária? Ou será que nem este conceito será de possível apreensão, dado o caminho que percorremos hoje, quando o individualismo e o consumismo tomam