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Mostrando postagens de dezembro, 2013

2013

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2013 foi bom? O café queima minha boca, fst!. Deito a xícara no pratinho. Olho o vazio e vejo Tempo. Esse ano foi bom? Puxa. Foi um ano como nenhum outro, como tinha que ser. Ano de fé, de superação, de prova, de dor e de amor profundos. Em 2013, voei de balão com São Jorge e o Arcanjo Serafim na Capadócia. Encontrei o Papa Francisco no Vaticano. De lá, andei o mundo. Refiz o Caminho de São Bernardo e São Francisco peregrino até Assis, encontrei-me com Santa Clara e São Francisco na Porziuncola e me ditei Caminhos. Pedi perdão. Andei até Chiusi Della Verna, onde as chagas de Francisco brotaram dor do mundo, compaixão pelo semelhante. Aceitei os desígnios do Mistério da Fé. Ouvi. Pus-me a andar. Atravessei a Itália. Atravessei a França. Atravessei a Espanha. Atravessei a minha própria expectativa e cheguei a Santiago de Compostela. Recebi tantas cruzes e preces, que não era mais eu quem caminhava. Era uma legião de amor, de prece. Cruzada de compaixão pela dor origi

EU Acredito em Papai-Noel

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Estou com saudades de um adesivo dos anos 80 que víamos nos carros dos saudosos do Musical Hair: “ Eu acredito em duende! ” – E uma ilustração muito feia de um duende modelo europeu, roupinha de Oktoberfest, suspensório, gorro verde. Só faltava o caneco de cerveja. E você, acredita em quê?, ou, em quem? Nos seus pais? Na fidelidade da sua esposa? Nos pensamentos puros do seu marido? Nas bruxas? Em dias melhores? Na paz mundial? Em Deus? Em você? E no Papai-Noel? Meu professor de física, em 1992, citou um pensador – não me lembro o nome – que disse, ao ser perguntado se ele acreditava em Deus: –“Se eu ‘acredito’ em Deus? Eu ‘sei’ Deus.” Hoje, depois de caminhar 2.500km a pé, acredito, ou melhor, “sei” da dimensão do que ele me disse. Quando a fé vira certeza, é o grão de mostarda na palma da sua mão. Ele remove montanhas. O “ Eis o mistério da fé” – o questionamento zen budista corriqueiro da igreja católica – indica o caminho para que possamos atravessar vendados o vale de dúvidas

Olhos puxados

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Do lado do meu computador, uma girafa de pelúcia me olha atenta. Não sei por quais mãos passou. Não sei se quem fez foi um chinês, vítima de abusos trabalhistas. Não sei se esse chinês tem uma filha que mora há 2.222km de distância de sua casa. Não sei se ainda há em seu pêlo céluas mortas da mão desse mesmo chinês saudoso. Não sei se esse chinês por um instante parou para olhar os olhos atentos da girafa que ajudou a fazer. Não sei se esse chinês sabe que do outro lado do mundo tem um pai brincando com a girafa e com uma filha pelo Face Time. Não sei se esse chinês tem a dimensão do olhar da girafa. Não sei se esse chinês tem a dimensão do olhar de uma filha. Não sei se esse chinês tem a dimensão do olhar de um pai. Não sei se olhares são dimensionados, como são dimensionadas as distâncias entre o chinês, o pai, a filha, a girafa. Talvez, o olhar do chinês seja o mesmo olhar da girafa. Talvez, o olhar da filha seja o mesmo olhar do chinês. Gira, faz de conta, girafa, pescoço q