Di cadê leitura?





Vou contar um caso.

O exemplar exemplar de Grande Sertão: Veredas, edição de aniversário, ficou em cima do meu Baú de Sonhos Realizáveis na sala da minha casa por quase dois anos.

Sim. Tenho um baú de sonhos realizáveis. E um molho de chaves, na mesma sala. Nele, não conte a ninguém, tem a chave desse baú. E a chave do Universo. E mais duas outras chaves. Uma abre meu cofre vazio.

Nessa sala, uma estante de livros, um oratório que fiz solzinho, flores. Nessala exala meu gosto pelo simplesmentemeu. E de quem quiser chegar, mas com respeito. Nessala, entre chaves mágicas, ora tô rio, oratório, leio. Mar. E me em canto com os livros. De filosofia a gastronominha. Nossos sabores e os sabores do mundo que não cabem nessala.

Um dia, depois de tanto passar do lado desse livro mistério, abri o Grande Sertão: Veredas pra nunca mais fechar. É um livro tão mágico, que ele só abre. Abre tanto, que quando a capa encosta na contra capa, forma um círculo de páginas infinitas. E causos infinitos. Nonada.

Poderia dar aqui algumas dicas de leituras. Acho que seria bom.

Musashi, de Eiji Yoshikawa, a história do maior samurai de todos os tempos.

Um dos 5 +. Épico. Bom, deixa eu dar uma olhadinha na estante da mente:

O Andarilho das Estrelas, de Jack London. Delícia.

O Caminho do Sábio, de Jean Biès. Luz no escuro.

A Alma Imoral, do rabino Nilton Bonder. Mudou minha vida.

A Sangue Frio, de Truman Capote. Impossível ler à noite.

Portões de Fogo, de Steven Pressfield. Outro épico.

Estórias Abensonhadas, de Mia Couto. Outro delícia. (aos desavisados: Mia vem de Emílio)

O Poder do Mito, de Joseph Campbell. Argila minha.

Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, de André Compte-Sponville. Quando eu reler novamente, eu faço meu comentário.

A Menina que Roubava Livros, de Markus Suzak. Enredo bacana. Tipo Quando Nietzsche Chorou, de Irvin D. Yalom.

Um Dia, de David Nicholls. Sessão da tarde.

O Gênio do Crime, João Carlos Marinho. Adorei quando menino. Me fez lembrar a Série A Inspetora, de Santos de Oliveira. Ê ingenuidade boa.

Alta Fidelidade, de Nick Hornby. O filme é lixo perto do livro.

O Retorno e Terno, de Rubem Alves. Ou outro do Rubem Alves. Conversa de café com broa inteligente.

Manoel de Barros Poesia Completa. Ah, para.

O Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa. Puatz. #semcomentarios.

Ah, e por aí vai. Ou por aí fui. Um bom começo, acredito.

Pergunta: quantos livros você já leu esse ano? Sabe?

Leitura é o remédio certo pra quem não tem cura. E tenho dito. Ou melhor, lido.





P.S.: sobre o Grande Sertão, vai a dica: só deve ler quem gosta de música...







Comentários

Ana disse…
Sensacional! E a listinha vai só crescendo...
Vontade de ir pra praia levando a pilha da cabeceira, pra ouvir o barulho do mar com o pé na areia e esse povo todo no pé do ouvido!

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